Peru é um destino de belezas naturais extraordinárias, mas a maioria dos turistas que desembarca em sua capital, Lima, segue direto para Cusco e Machu Picchu, seus cartões-postais mais famosos, e se esquece de curiosas localidades como Paracas e Nazca, excursões que podem ser empreendidas em apenas dois ou três dias.
Paracas é um local emblemático para os peruanos: foi lá que o libertador San Martín desembarcou em 1820 para liderar o movimento de independência da Espanha. Nosso guia se refere à pequena cidade de 6.000 habitantes como o “berço da liberdade”.

Paracas é um lugar de clima seco, quase desértico. A viagem de ônibus até lá, a partir do terminal rodoviário de Lima, dura cerca de três horas e meia, em ônibus confortáveis da empresa Cruz del Sur, com preço em conta e excelente serviço de bordo. São servidos lanche, almoço e jantar, dependendo do horário da viagem, e até projeção de filme para não se cansar da viagem.
A estrada margeia a costa, entre o oceano Pacífico e o deserto. Por causa do mar gélido, o sol é escondido por uma espessa bruma e esfria o ambiente aos extremos. Um conselho é levar um bom agasalho nas mãos para não ser apanhado de surpresa pelas mudanças de temperatura.

A chegada a Paracas é surpreendente pelos cenários: uma rodoviária improvisada, uma região árida, quase sem chuva nos 365 dias do ano, e casas demolidas por um tremor que, em 2007, matou quase 60 pessoas. Hoje, a cidade à beira do oceano, é base militar e local de veraneio.

Hospedagem

Em torno do Pacífico, foram instalados três hotéis de categoria cinco estrelas, um quatro estrelas e três estrelas, extremamente confortáveis, que se contrastam com a paisagem lá fora. Há, ainda, hostels, estilo de hospedagem que se proliferou no mundo, mais econômica, geralmente utilizada por mochileiros, ao custo de US$ 90 (individual) ou US$ 120 (casal).