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Terceirizados da Câmara de BH denunciam atrasos salariais e demissões sem acertos
Casa Legislativa garante que tem cobrado empresa responsável e que irá realizar o pagamento diretamente aos trabalhadores
Servidores que prestam serviço terceirizado na Câmara de Belo Horizonte denunciam atrasos salariais. Conforme apurou a reportagem de O TEMPO, o problema afeta cerca de 180 pessoas. Entre elas, alguns foram demitidos e, além de não receberem os vencimentos, também não tiveram as rescisões quitadas. A Casa Legislativa informou que fará o pagamento diretamente aos trabalhadores (veja abaixo).
“Já tem mais de 15 dias do prazo para o pagamento do salário e ninguém tem uma resposta”, afirmou, nesta terça-feira (20 de maio), uma ex-funcionária que atuou por quase dois anos no Legislativo. Temendo represálias, ela pediu para não ser identificada. “Saí com uma mão na frente e outra atrás. Ainda não recebi nada”, reclamou.
Outra trabalhadora, também sob anonimato, relatou a gravidade da situação enfrentada por colegas. “Está tudo atrasado e sem comida em casa. Isso é uma covardia. Eu ainda tenho meus filhos pra ajudar, mas tenho uma amiga que é sozinha na vida. Sem pai, mãe, irmão... Estamos fazendo vaquinha pra ela comer.”
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Desempregados, profissionais relatam dificuldade para “colocar a vida em dia”, especialmente por causa do aluguel atrasado e da falta de recursos básicos. “Sabíamos que poderíamos ser demitidos, mas não pensávamos que ficaríamos sem os nossos direitos”, desabafou a primeira entrevistada.
Outro trabalhador, que também falou sob anonimato, disse que uma reunião chegou a ser marcada para tratar do assunto, mas nenhum representante da empresa compareceu.
A LBM, responsável pelos contratos, foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até o fechamento desta edição.
Câmara garante pagamento
Em posicionamento enviado à reportagem, a Câmara Municipal informou que não houve mudança na empresa responsável nem no contrato vigente. Segundo a Casa, alguns trabalhadores já receberam os salários por meio da própria prestadora, mas ainda está em andamento um levantamento para identificar os funcionários que seguem sem pagamento referente ao mês de abril.
Nesses casos, a Câmara afirma que fará o depósito diretamente nas contas bancárias dos trabalhadores. A istração informou ainda que a empresa foi notificada, e um processo de penalização está em curso.
“A Câmara vem cobrando, insistentemente, para que a empresa cumpra com as obrigações contratuais e apresente os devidos comprovantes, para que pagamentos em duplicidade não ocorram. A CMBH ressalta o seu compromisso com os funcionários afetados e está empenhada em resolver, nos termos de sua competência legal, o mais breve possível”, declarou em nota.