Com o aumento de 22% nos homicídios, a Polícia Militar de Minas Gerais lançou, nesta sexta-feira (23), a Operação Aves de Rapina, voltada à prisão de suspeitos com histórico criminal grave nos 18 municípios que compõem a 2ª Região de Polícia Militar (RPM). A ação faz parte do plano estadual de enfrentamento aos crimes violentos e será realizada ao longo de todo o ano de 2025.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), os 18 municípios que compõem a região registraram 496 homicídios em 2024, contra 384 casos em 2023, o que representa uma alta de 22%.Nos quatro primeiros meses deste ano foram 138.
Segundo o comandante da 2ª RPM, coronel Erlando Ferreira da Silva, cerca de 100 nomes foram inicialmente mapeados pelo serviço de inteligência da corporação. A lista, no entanto, é dinâmica e será atualizada conforme o avanço das investigações, prisões e novas denúncias. Os nomes não foram divulgados.
A operação ocorre nos 18 municípios que compõem a 2ª RPM: Betim, Bonfim, Brumadinho, Contagem, Crucilândia, Esmeraldas, Florestal, Ibirité, Igarapé, Itaguara, Juatuba, Mário Campos, Mateus Leme, Piedade dos Gerais, Ribeirão das Neves, Rio Manso, Sarzedo e São Joaquim de Bicas.
“Trabalhamos com base em um mapeamento de alvos com mandados por homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de armas. O objetivo é interromper ciclos de violência e evitar novos crimes”, afirmou o coronel.
A operação tem como foco principal o enfrentamento ao homicídio, mas também inclui ações de prevenção ao feminicídio e outras formas de violência. “Vamos conjugar esforços de inteligência e radiopatrulhamento especializado, atuando em locais com maior incidência criminal e buscando resposta imediata a novas informações”, disse o comandante.
Apesar de não se concentrar exclusivamente em integrantes de facções, o avanço do crime organizado na região é monitorado pelas autoridades. “O que estamos mirando são os antecedentes criminais.
A PM também reforçou a importância da colaboração da população com denúncias anônimas. Informações podem ser readas por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo telefone de emergência 190, especialmente em situações de risco iminente.
“A participação da comunidade é essencial. Esse enfrentamento qualificado depende do apoio da sociedade e da integração com outros órgãos do Estado”, concluiu o coronel Erlando.