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Oito anos da tragédia de Mariana: relembre os detalhes do rompimento da barragem
Ainda sem condenados pelo desastre, rejeitos afetaram 49 municípios de formas direta ou indireta

A barragem do Fundão, em Mariana, causou estragos que permanecem até hoje sem conclusão para os atingidos. Oito anos depois, há a expectativa de que sentenças criminais sejam definidas em breve, responsabilizando pessoas pelo desastre. Além disso, as famílias dos distritos dizimados lutam para conseguir se adaptar nos novos locais em que foram reassentadas.
Relembre a seguir os detalhes da tragédia:
Linha do tempo
Barragem de Fundão, em Mariana, se rompeu e causou o extravasamento imediato de cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro e sílica
O material liberado formou uma onda de rejeitos, que atingiu outra barragem, a de Santarém, erodindo parte da estrutura
A alta velocidade da avalanche de rejeitos atingiu o córrego de Fundão e o córrego de Santarém, destruindo suas calhas e recursos naturais
Logo depois, soterrou grande parte do subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana – a 6 km da barragem Santarém –, matando 19 pessoas e desalojando várias famílias
As ondas de destruição causaram danos também em Paracatu de Baixo, em Mariana, e Gesteira, em Barra Longa
A lama desaguou no rio do Carmo e prejudicou várias localidades rurais e municípios da região
Os rejeitos chegaram ao oceano, formando uma imensa mancha de lama no litoral do Espírito Santo
Foram devastadas matas e vegetações aquáticas, rios foram poluídos, e animais, mortos
Números
19 pessoas mortas
14 toneladas de carcaças de peixes encontradas
663 km de extensão de danos
49 municípios de Minas e do Espírito Santo atingidos, de forma direta ou indireta
Quais as causas da tragédia?
Segundo a Samarco, a barragem de Fundão estava estável, conforme relatórios de fiscalização de órgãos competentes. Uma auditoria realizada pelo escritório americano Cleary Gottlieb & Hamilton IIp, contratado pela Samarco e acionistas, apontou que “diversos fatores levaram ao rompimento”. A Samarco não explicou quais fatores são esses .
Segundo o MPF, a barragem de Fundão foi alvo de paralisações e reformas diversas vezes antes da tragédia. Em 2009, houve um rompimento menor, esvaziando a barragem, que na época estava no início de enchimento. Em 2010, também houve problema na mesma estrutura, que recebeu várias manutenções, incluindo uma obra de recuo que não foi licenciada pelo poder público.