-
Ozempic e Wegovy vão ficar mais baratos no país; veja os novos preços
-
Siderúrgicas de Sete Lagoas e região paralisam atividades em protesto contra condições de mercado
-
Siderúrgicas de Sete Lagoas e região paralisam atividades
-
Petrobras reduz preço da gasolina a partir desta terça-feira; confira o quanto ela baixará
-
Preço da gasolina e do etanol cai nos postos de BH e região
Alexandre Silveira critica "falta de consciência global" para avanço das energias renováveis
Em reunião do G20 em BH, ministro de Minas e Energia exaltou esforço brasileiro em liderar geração de energia limpa e citou "capitalismo selvagem" como principal desafio

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (27) que é prioridade do Brasil liderar movimento de descarbonização da indústria, mas o desinteresse global pelo assunto ainda é um dos principais desafios a serem enfrentados. "A falta de consciência global, principalmente de países ricos, e o 'capitalismo selvagem' em que vivemos é o grande gargalo para o avanço dos investimentos em energias renováveis. O Brasil tem feito esforços para avançar a discussão", disse.
A declaração foi feita durante a abertura da terceira reunião do grupo de trabalho de transições energéticas do G20, composto pelas maiores economias do mundo, como Estados Unidos, França e Japão. O evento acontece até quarta-feira (29) em Belo Horizonte.
Para o ministro, a questão energética será o principal "ponto de inflexão" mundial em alguns anos. "É a partir da energia que se gera autonomia e segurança alimentar. Por isso, é tão urgente pensarmos em alternativas", pontuou.
Sustentabilidade
Em sua fala, o ministro pontuou que deve haver duas vertentes claras na discussão sobre transição energética: sustentabilidade e economia. "Desastres como o das enchentes no Rio Grande do Sul mostram que, fora da economia verde, não há salvação. Por outro lado, não pode haver extremismos que atrapalhem o desenvolvimento. É preciso haver equilíbrio", pontuou.
Segundo ele, é fundamental pensar também em contrapartidas sociais que acompanhem as novas matrizes energéticas. "Não podemos falar só em subsídios e incentivos, mas também em formas de compensar quem for afetado pela produção de energia", disse.
Silveira citou ainda o exemplo da mineração. "Ela é essencial para esse processo. Não existe transição energética sem lítio, nióbio. O que precisamos fazer é uma mineração responsável e segura. As empresas não podem fazer o que querem", disse.
Apesar disso, ele ite que o governo ainda não pensou em planos específicos para lidar com comunidades afetadas ou descarte de materiais na geração de energias limpas - como a eólica ou a solar. "É um debate que ainda precisa ser levantado, ainda não pensamos com clareza sobre isso. O governo precisa ser cobrado a desenvolver políticas públicas relacionadas às energias renováveis, como já acontece com as hidrelétricas", afirmou.