ELEIÇÕES EM SÃO PAULO

Prestes a ser vice de Boulos, Marta já foi chamada de ‘traidora’ pelo PSOL 1f5j2y

Ex-prefeita de São Paulo, que deve retornar ao PT, tem histórico de troca de farpas com membros do partido de Boulos 5m6s2q

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 10 de janeiro de 2024 | 18:35
 
 
A ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy Foto: SÉRGIO CASTRO/AE

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, terão de “esquecer” o histórico conturbado de declarações feitas entre as partes caso formalizem a chapa para disputar a prefeitura da capital paulista em 2024.

Após ter sido convencida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marta, filiada ao MDB desde 2015, deve retornar ao PT para ser a vice na candidatura de Guilherme Boulos, considerado o principal nome da esquerda na corrida. 

Nesta terça-feira (9), ela confirmou a demissão do cargo de secretária de Relações Internacionais da prefeitura, rompendo com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que deve ser o principal adversário de Boulos - e dela - no pleito municipal.

A relação entre Marta Suplicy e o PSOL atingiu ponto crítico em 2015, quando era senadora e deixou o PT para se filiar ao MDB. No ano seguinte, foi favorável ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). 

Marta x Erundina 131s2i

Na ocasião, a deputada federal Luiza Erundina (PSOL), que foi candidata a vice de Boulos nas eleições de 2020, chamou Marta de “traidora do povo” e insinuou que a então senadora também traiu o PT “no momento mais trágico” da história do partido.

A primeira desavença entre elas veio ainda em 2004, quando Marta Suplicy disputava à reeleição ao comando da capital paulista. No segundo turno, Erundina, então candidata pelo PSB, se recusou a apoiá-la contra José Serra (PSDB), que viria a ser eleito.

Já em 2020, Marta disse que Erundina, por duas vezes, foi “desleal” com ela ao acusá-la de ter reduzido o orçamento da Educação quando foi prefeita. 

Marta x Boulos 3n6ao

Ainda nas eleições municipais de 2020, Marta Suplicy chegou a afirmar que o então candidato Guilherme Boulos, em um debate no segundo turno contra o então prefeito Bruno Covas (PSDB), estava "tenso, pesado, com conteúdo fraco. Não vai agradar os que querem ter esperança". 

Na mesma eleição, o marido de Marta, o empresário Marcio Toledo, chegou a chamar Boulos de “picareta” ao deixar de comparecer a um debate por ter contraído covid-19. Para Toledo, o psolista inventou estar com a doença para não ser “trucidado e desmascarado” no embate com Covas.