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Funeral do papa Francisco começa no Vaticano com presença de Lula, Trump e outros líderes
Cerimônia é acompanhada por milhares de fiéis na praça de São Pedro no Vaticano
O funeral do papa Francisco foi iniciado às 10h do horário de Roma (5h no horário de Brasília) deste sábado (26/04). A despedida do pontífice ocorre na praça de São Pedro com a presença de uma multidão de 200 mil pessoas, que inclui fiéis, chefes de Estado e autoridades da Igreja Católica. Imagens da cerimônia, que é transmitida ao vivo no canal do YouTube do Vaticano, mostram a praça lotada na manhã de sol. Assista:
A cerimônia celebrada na praça é conhecida como Missa das Exéquias — ritual que honra a pessoa falecida e, diz a tradição católica, eleva a alma dela ao Céu. O cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, conduz a solenidade.
Assista. Caixão do papa Franciasco é carregado até a praça de São Pedro para funeral
Ela prossegue com os ritos da Última Commendatio, a oração de entrega da alma do papa aos Céus, e a Valedictio, uma despedida solene. Depois disso, o corpo do papa Francisco segue em procissão por cerca de 5 km até a Basílica de Santa Maria Maggiore, ou Santa Maria Maior, local escolhido por ele próprio para o sepultamento, fora do território do Vaticano. A previsão é que ele chegue à basílica às 8h do horário de Brasília.
O papa Francisco quebrou o costume e será enterrado em um caixão de madeira revestido com zinco, em vez dos três caixões geralmente utilizados pelos papas. Sua lápide também reflete a simplicidade que ele tentou transmitir durante seu papado e tem uma única palavra cravada no mármore: Franciscus, Francisco em latim.
O momento do sepultamento não é aberto ao público, mas a visitação ao túmulo será aberta a partir de domingo (27/04).
Entenda. Moedas e brasão: entenda a simbologia dos objetos no caixão do papa
Chefes de Estado homenageiam o papa Francisco em funeral
Como é tradicional, alguns dos maiores chefes de Estado do mundo comparecem ao funeral do papa. O presidente dos EUA, Donald Trump, é uma das principais figuras globais presentes na cerimônia. Os dois viveram momentos de tensão no primeiro mandato do norte-americano, quando o papa disse que uma pessoa que constrói muros não é cristã, em referência ao plano de Trump erguer uma grande barreira entre os EUA e o México para impedir a entrada de imigrantes ilegais. O presidente retrucou que era “vergonhoso” o papa questionar a fé de alguém.
Também está presente na cerimônia o conterrâneo de Francisco, o presidente da Argentina, Javier Milei. Antes de chegar à presidência, ele chegou a tuitar, em 2018, que o papa era um “filho da p*ta que anda pregando o comunismo pelo mundo”. Milei baixou o tom quando assumiu a presidência, contudo. O papa nunca fez uma visita oficial ao país-natal desde que assumiu a função.
O presidente Lula (PT) acompanha o funeral do papa com a primeira-dama, Janja. Como presidente, o petista se reuniu com o papa duas vezes, em 2023 e em 2024. Mas a relação dos dois é anterior: quando Lula estava preso em 2019 — por acusações anuladas posteriormente —, o papa respondeu uma carta dele e ofereceu condolências pela morte da antiga esposa de Lula, Marisa Letícia, e do neto do brasileiro, morto aos 7 anos.
Outro chefe de Estado presente no funeral é o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O papa defendia a paz na guerra e já declarou que as partes não deveriam ter “vergonha de negociar”. Já Vladimir Putin, presidente russo, não está presente, mas lamentou a morte do papa oficialmente ao receber a notícia — a Igreja Ortodoxa Russa, principal braço religioso do país, também é cristã, mas independente da Igreja Católica. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cuja postura na guerra em Gaza foi criticada pelo papa, também não está no Vaticano, mas enviou um representante.