Não é só o Brasil que vive uma turbulência política e também na segurança pública. Na área política, estamos vivendo uma polarização direita/esquerda que não leva a lugar algum. Até porque a esmagadora maioria da população não sabe distinguir uma coisa da outra e é usada por grupos em defesa de seus interesses. 

O governo do presidente Lula vem sofrendo alguns solavancos com esta divisão e que podem levar à perda da reeleição para um quarto mandato. Aliás, o lançamento da candidatura lulista para buscar mais um mandato está na raiz desta polarização tão prejudicial. 

Junte-se a isto, a inflação incontida, com os preços subindo como um avião a jato, com as autoridades econômicas, a começar do ministro Haddad, atordoadas, perdidas, sem saber ao certo como agir diante de uma crise econômica que dá sustentação a uma arranjada crise política. 

Para agravar a situação, nos Estados Unidos o presidente Trump vem fazendo o que lhe dá na cabeça, colocando a política mundial de ponta-cabeça, sem sinais de que vai parar de agir assim, pondo em risco a paz mundial. A economia ele já colocou como aumento das taxas de importação que, certamente terão reflexos na vida dos americanos. 

Mas que não se culpe apenas Trump pela instabilidade no mundo. A guerra Rússia/Ucrânia gera uma enorme tensão por toda a Europa, provocando uma onda de insegurança que está levando a uma perigosa discussão sobre a volta da corrida armamentista o que seria de agrado da indústria bélica que para muitos, está por trás de toda esta tensão mundial. 

No Brasil, e em muitos outros países, temos ainda a resolver a questão da violência. Aqui, nesta terra descoberta por Cabral, a violência ganha contornos dramáticos, colocando sob tensão toda a sociedade. Não há ilhas de tranquilidade. Cresce a cada dia o número de crimes e de criminosos de toda sorte.

Impressiona o número diário de denúncias de todo tipo de crime e o impressionante crescimento do crime organizado, sem que haja uma repressão organizada e eficaz. Assistimos diariamente a violência policial, fruto do despreparo, contra a população. Assistimos denúncias de corrupção, de abusos no trânsito, causando a sensação em todos nós de impunidade e a certeza de que nossas leis não protegem a sociedade. A violência interna assusta mais, no Brasil, do que a externa.

Precisamos reagir. O mundo precisa agir e reagir. Dar um basta a violência. Dar um basta aos que por vaidade, busca de lucros, maldade e insanidade, praticam e estimulam a violência. 
O mundo, é verdade, nunca foi de paz. Mas também nunca foi de tanta violência – contra o homem e contra a natureza.