CÂMARA DOS DEPUTADOS

Coronel Meira abdica de candidatura, e Paulo Bilynskyj é eleito para Comissão de Segurança Pública

Segurança Pública é uma das cinco comissões do Partido Liberal na Câmara dos Deputados; colegiados foram instalados

Por Lara Alves
Publicado em 19 de março de 2025 | 21:27

BRASÍLIA — A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados elegeu, nesta quarta-feira (19), o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) como presidente em 2025. O colegiado foi entregue à bancada do Partido Liberal na distribuição das comissões decidida em reunião do colégio de líderes com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) na terça-feira (18) à noite; além da Segurança, o PL também recebeu as comissões de Relações Exteriores, Saúde, Agricultura e Turismo.

A negociação interna da bancada previa a indicação de Bilynskyj como o nome do partido para liderar a Comissão de Segurança Pública. Contudo, uma disputa interna impediu a rápida construção de um acordo. Antes da instalação do colegiado, o deputado Coronel Meira (PL-PE) apresentou uma candidatura avulsa para concorrer à presidência com Bilynskyj. A ação não perdurou e, na sessão, ele abdicou da disputa para respeitar o acordo e pôr fim à concorrência interna. 

Quem é Paulo Bilynskyj?

Paulo Bilynskyj despontou como um dos principais integrantes da tropa de choque do PL na Câmara dos Deputados. Ele compõe o grupo mais radical do partido diretamente alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado chegou à política após alcançar projeção nas redes sociais como instrutor em aulas preparatórias para cursos da Polícia Civil. Até julho de 2022, Bilynskyj era delegado da corporação em São Paulo.

A PC decidiu demiti-lo após circularem imagens de uma aula na qual, segundo a corregedoria, Bilynskyj cometia apologia aos crimes de estupro e racismo. Antes, a Polícia Civil já tinha retirado a arma de fogo do policial; ele sofreu a punição porque publicou conteúdo nas redes sociais em que aparecia atirando, criticando a esquerda e pedindo seguidores que particiem dos atos em apoio a Jair Bolsonaro (PL).

Em 2020, o nome do deputado também apareceu no noticiário, quando ele foi atingido por seis disparos de arma de fogo após uma discussão com a namorada, a modelo Priscila Barrios. Ela cometeu suicídio após efetuar os disparos.