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Vieira diz que não teve resposta de carta enviada a secretário de Trump, mas Brasil tem diálogo com EUA
O chanceler do governo Lula relatou contatos que teve com autoridades do governo dos Estados Unidos após a posse de Donald Trump, em janeiro deste ano

BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que a diplomacia brasileira tem contato com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar disso, não recebeu resposta a uma carta enviado ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.
O chanceler falou, nesta quarta-feira (28), à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Vieira respondeu a uma pergunta do líder do Novo, Marcel van Hattem (RS), sobre notícias de que ele e Rubio ainda não conversaram.
Ao assumir o microfone, o ministro contou que conhece Rubio “de longa data” porque foi embaixador do Brasil em Washington, capiral dos EUA, entre 2010 e 2015. Na época, o secretário de Estado era senador. Segundo o chanceler, os dois tiveram “uma série de encontros” no gabinete de Rubio e em outras ocasiões, além de "muitos contatos por telefone para tratar de assuntos de interesse dos dois países”.
"Logo que foi anunciado o nome dele [Rubio], eu escrevi uma carta me colocando à disposição para tratar, para com ele me encontrar sempre que fosse necessário e tratarmos dos temas de interesse do Brasil. Relembrei o contato que tivemos no período em que eu fui embaixador e me coloquei à disposição. Mandei essa carta, que foi recebida pelo gabinete dele. Eu não tive, depois disso, contato com ele, porque ele não respondeu à carta ou não me chamou, mas eu disse que estava à disposição e me coloquei à disposição”, respondeu o ministro.
Vieira afirmou que a ausência de resposta “não quer dizer que não haja diálogo entre o Brasil e os Estados Unidos”. “Muito pelo contrário, nós sempre mantivemos muito contato”, frisou.
Ele citou pelo menos duas ligações telefônicas com o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer, que disse ser uma “espécie de ministro do comércio exterior”. “Com ele eu falei de forma muito amistosa. Tivemos longas conversas no período seguinte ao anúncio das tarifas específicas e das tarifas genéricas para todos os países”, relatou.
De acordo com o chanceler, houve contato, ainda, entre o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com autoridades dos EUA. Entre elas, secretário de comércio americano, Howard Lutnick.
“Depois estabelecemos um mecanismo de reuniões virtuais entre funcionários. Os dois ministérios discutiram amplamente. Eu voltei a ter contato com ele na véspera dos anúncios finais. Ele disse como nós estaríamos, em que faixa nós estaríamos. Também o Vice-Presidente teve um segundo contato com o Secretário de Comércio. Isso é a prova de que nós temos relações e temos contatos”, frisou, destacando outros contatos realizados.