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Ex-ministro de Bolsonaro diz à PF que ocultou pacote com joias da Receita
Bento Albuquerque não contou aos agentes da Receita que portava outro estojo no mesmo momento em que seu assessor foi parado com joias para Michelle Bolsonaro

O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), itiu em depoimento à Polícia Federal que não contou a agentes da Receita Federal, no aeroporto de Guarulhos (SP), que portava um estojo com joias dadas pelo governo da Arábia Saudita. Ele disse que "não chegou a comentar que teria outra caixa na sua bagagem".
O caso aconteceu em outubro de 2021, quando ele liderou uma comitiva em nome do governo brasileiro ao país árabe. A informação foi publicada pelo jornal O Globo neste domingo (2). O depoimento foi realizado em 14 de março.
De acordo com o jornal, o ex-ministro contou à PF que só abriu a caixa com as joias no dia seguinte, no ministério. Os itens ficaram guardados por aproximadamente um ano e só foram entregues ao Palácio do Planalto no final de 2022.
A ocasião no aeroporto de Guarulhos foi a mesma em que um assessor de Bento Albuquerque, Marcos Soeiro, portava outro kit, avaliado em R$ 16,5 milhões, com um colar, par de brincos, anel e relógio. O servidor foi parado pela Receita, que classificou como irregular a tentativa de entrada no Brasil sem declaração ao Fisco. O caso foi revelado pelo Estado de S. Paulo.
Depois de ar pela alfândega, Albuquerque percebeu a situação com seu assessor e retornou, tentabdi interceder para que as joias fossem liberadas, sem sucesso. Foi nessa ocasião que o ex-ministro teria dito que os bens eram um presente para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Segundo o jornal, o ex-ministro foi alertado por um agente da Receita que as joias ficariam apreendidas até que se comprovasse que seriam destinadas ao acervo público. Albuquerque contou ainda que não avisou Bolsonaro sobre os presentes.
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