Ditadura militar

Governador veta lei que muda Ponte Costa e Silva para Honestino Guimarães

Na mensagem enviada à Câmara Legislativa sobre o veto, Ibaneis argumentou que “o teor do projeto de lei não reflete a formalidade que se espera da norma

Por Renato Alves
Publicado em 14 de dezembro de 2021 | 14:35

O governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu vetar o Projeto de Lei que determinava a mudança do nome da ponte Costa e Silva para Honestino Guimarães. A construção liga a Asa Sul e o Lago Sul, duas regiões istrativas do Distrito Federal separadas pelo Lago Paranoá. 

O general Costa e Silva articulou o Golpe Militar de 1964, que depôs o presidente João Goulart. Silva foi presidente de 1966 a 1969, período mais violento da ditadura, que terminou em 1985. Já Honestino Guimarães foi um líder estudantil, aluno da Universidade de Brasília (UnB), morto pelo regime militar em 1973.

A troca do nome da ponte foi aprovada em 2015 pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, mas a mudança acabou derrubada na Justiça local, sob a justificativa que o projeto não ou por consulta popular. Então a proposta foi apresentada novamente, a consulta pública foi feita e a lei aprovadade novo, em 27 de novembro último.

Na mensagem enviada à Câmara Legislativa sobre o veto, Ibaneis argumentou que “o teor do projeto de lei não reflete a formalidade que se espera da norma”. O projeto foi apresentado pelo deputado distrital Leandro Grass (Rede), adversário de Ibaneis, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro, este defensor da ditadura militar.

“Posto isso, dada a importância e representação da Ponte Costa e Silva para Brasília, a sua idealização pelo arquiteto Oscar Niemeyer e o momento histórico que não pode ser esquecido, aliado à decisão proferida pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, entende-se pelo veto da presente iniciativa”, diz trecho do documento do governador.

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