BRASÍLIA - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desmentiu, nesta segunda-feira (4), que o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública altere competências de Estados e municípios em relação às forças de segurança.
Dessa forma, as polícias militares e civis continuam subordinadas aos governos estaduais, e as guardas municipais, aos municípios. O anteprojeto foi apresentado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na última quinta-feira (31), durante reunião do presidente Lula com os governadores.
"O texto apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, deixa claro que não haverá ingerência nos comandos das polícias estaduais, tampouco vai modificar a atual competência dos Estados e municípios na gestão da segurança pública", destaca nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Alvo de críticas por parte da oposição, a PEC da Segurança Pública amplia os poderes da União para conduzir a política de segurança no país.
Entre os principais objetivos da PEC, estão integrar as polícias, reforçar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e aumentar a responsabilidade da União.
O tripé da proposta envolve: constitucionalização do Susp, atualização das competências da Polícia Federal e da PRF e a unificação do Fundo Nacional de Segurança Pública e de Política Penitenciária.