BRASÍLIA - No último sábado (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciou suas férias, que se estenderão até o dia 8 de agosto. Durante a ausência do titular, a pasta será temporariamente assumida pelo secretário-executivo, Dario Durigan.

As férias de Haddad ocorrem após um período de  agenda em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde ele participou do G20 e de compromissos oficiais. 

Esse período de descanso acontece em meio ao anúncio da equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o congelamento de R$ 15 bilhões do Orçamento deste ano. O objetivo é aderir ao arcabouço fiscal, com a meta de zerar o déficit das contas públicas ainda em 2024.

Para atingir essa meta, serão contingenciados R$ 3,8 bilhões, e outros R$ 11,2 bilhões serão bloqueados, o que significa que esses valores não poderão retornar aos cofres públicos. Um decreto detalhando quais ministérios e áreas serão impactados pelo bloqueio será publicado na terça-feira (30).

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou na semana ada que o congelamento afetará todos os 39 ministérios do governo federal. Ele destacou que, apesar de "sempre doloroso e difícil" implementar tais cortes, a Junta Orçamentária concluiu que todas as pastas devem colaborar nesse momento. 

Dario Durigan é advogado formado pela Universidade de São Paulo (USP) e possui mestrado em Direito e Pesquisa Jurídica pela Universidade de Brasília (UnB). Ele atuou como assessor especial de Haddad na prefeitura de São Paulo entre 2015 e 2016.

Entre 2017 e 2020, foi advogado sênior na Consultoria Jurídica da União em São Paulo. No início deste ano, Durigan ocupou a posição de diretor de Políticas Públicas do WhatsApp no Brasil, participando das negociações do projeto de lei sobre fake news no Congresso Nacional.

Antes disso, ele coordenou projetos no Departamento de Gestão Estratégica da Advocacia Geral da União (AGU) de março de 2010 a agosto de 2011. Em seguida, foi assessor da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República de 2011 a 2015, durante o governo de Dilma Rousseff.