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Sidônio vai começar do zero licitação feita por Pimenta que foi suspensa pelo TCU 4x6q1

Governo buscava uma empresa para fazer gestão das redes sociais, mas o processo foi suspenso por possível violação de sigilo 1f2nz

Por Levy Guimarães
Publicado em 14 de janeiro de 2025 | 14:12
 
 
Sidônio Palmeira pretende ter como uma de suas primeiras ações começar do zero a licitação para gestão das redes sociais do governo Foto: Ricardo Stuckert / PR

BRASÍLIA - O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, empossado nesta terça-feira (14), afirmou que pretende recomeçar do zero a licitação de R$ 197 milhões para contratar serviços de comunicação digital e gerenciamento de redes sociais do governo.

Liderado pelo seu antecessor, o agora ex-ministro Paulo Pimenta, o processo havia sido suspenso em julho do ano ado pelo ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União, devido a suspeitas de violação do sigilo na divulgação dos resultados.

“Pretendo fazer uma nova licitação. Aquela licitação não vale mais, não nos interessa. E vamos encaminhar o mais rápido possível. Trabalhar imediatamente nisso”, afirmou, em coletiva de imprensa após a cerimônia de posse. A intenção é que a licitação seja realizada ainda no primeiro semestre, de acordo com ele.

A licitação anterior foi suspensa porque um dia antes da divulgação dos resultados,  a lista das empresas contratadas foi publicada de forma cifrada pelo site O Antagonista. Pela rede social X, o antigo Twitter, foi revelado que as vencedoras da licitação teriam sido as agências Usina Digital, Area Comunicação, Moringa L2W3 e o consórcio BR e Tal.

Na última sexta-feira (10), o TCU autorizou a retomada do processo, afirmando que já houve o “pleno esclarecimento prestado pela Secom”, e a revogação da licitação suspensa. No entanto, Sidônio rechaça a possibilidade de ela ser retomada.

Sidônio Palmeira foi empossado com a missão de melhorar o que o presidente Lula e muitos de seus auxiliares consideram o ponto mais débil da gestão, que é a comunicação com a população. Lula acredita que a popularidade do governo, cujos níveis de aprovação se aproximam dos de desaprovação, não reflete as entregas do Poder Executivo.

Outro desafio apontado pelo publicitário, que foi o marqueteiro da campanha de Lula nas eleições de 2022, é inserir, de maneira mais intensiva, a comunicação do governo no mundo digital.