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Bancada do PDT tenta blindar Lupi de crise e ameaça deixar o governo Lula
Presidente tem sofrido pressões para demitir o ministro após escândalo no INSS, mas reluta em comprar briga com o partido
BRASÍLIA - A bancada de deputados federais do PDT tem agido para proteger o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, da crise provocada pela investigação que apontou fraudes nos descontos em mensalidades de aposentados do INSS. Lupi é o presidente do partido desde 2004 - hoje licenciado para comandar a pasta.
Parlamentares da legenda têm indicado que, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) opte por exonerar o ministro, podem se debandar da base aliada no Congresso. Hoje, o PDT conta com 17 deputados e três senadores.
Por outro lado, Lula tem sido pressionado a demitir o ministro, que tem sido acusado de omissão no caso. Lupi foi avisado pela primeira vez das fraudes no INSS ainda em julho de 2023, mas só colocou o tema em discussão com auxiliares em abril do ano seguinte. Ele se defende afirmando que à época, pediu uma apuração interna sobre as denúncias, mas que se levou “tempo demais”.
Além disso, a relutância de Lupi em demitir o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, gerou um desgaste na relação entre ele e Lula. O presidente da República determinou que ele exonerasse Stefanutto logo após a divulgação do escândalo pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, mas o ministro defendeu seu subordinado. Por fim, coube ao próprio Lula tomar a atitude.
Apesar da situação deteriorada do ministro, Lula não tem a intenção de demiti-lo. Tomar essa decisão seria comprar briga com um partido que, apesar de não estar entre as maiores bancadas do Congresso, está entre os mais fiéis ao governo nas votações em plenário. Legendas bem maiores, como União Brasil e PSD, já têm dado dor de cabeça ao petista na disputa por cargos na Esplanada.
Além disso, Lupi tem uma relação de longa data com Lula, de quem foi ministro do Trabalho de 2007 a 2010. O pedetista foi um aliado do presidente e do PT em mandatos anteriores, fator que Lula também considera.