-
Moraes ameaça prender Aldo Rebelo por desacato durante depoimento no STF
-
Cid revela medo, lealdade a Bolsonaro e intenção de fugir em áudios: ‘Se Lula vencer, serei preso’
-
Política em Minas e no Brasil - Brasília, Congresso, ALMG, Câmara de BH e os bastidores
-
TCE-MG mira concessão do metrô e dá 30 dias para governo Zema exp
-
Comandante do Exército no 8 de janeiro diz não saber motivo pelo qual foi demitido por Lula
‘Protecionismo pode levar à guerra’, diz Lula sobre medidas de Trump
Presidente também defendeu que Brasil e China se unam para impulsionar o ‘Sul Global’, em contraponto à potências ocidentais
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas às medidas de “tarifaço” tomadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em fórum empresarial na China, nesta segunda-feira (12).
Ao fazer um discurso para empresários brasileiros e chineses, em Pequim, o petista afirmou que “não existe saída para um país sozinho”, em referência a ações de Trump, como a de sobretaxar produtos de outros países. O Brasil, por exemplo, foi alvo de uma tarifa de 10% sobre todas as suas exportações aos EUA, além de 25% sobre o aço brasileiro.
“É por isso que eu não me conformo com a chamada taxação que o presidente dos EUA tentou impor ao planeta Terra do dia para a noite. Porque o multilateralismo, depois da Segunda Guerra Mundial, foi o que garantiu todos esses anos de harmonia entre os Estados. Não foi o protecionismo. O protecionismo no comércio pode levar à guerra, como aconteceu tantas vezes na história da humanidade”, disse.
No discurso, Lula defendeu o multilateralismo e o livre comércio entre os países e disse que a parceria entre Brasil e China “não tem retorno”: “queremos exportar mais e também queremos comprar mais”, apontou.
Segundo o presidente, os dois países têm a oportunidade de fortalecer o chamado Sul Global, termo usado para designar países emergentes e subdesenvolvidos. “Nós dois juntos podemos fazer com que o Sul Global seja respeitado no mundo como nunca foi”, disse.
Lula ainda afirmou que o Brasil “caminha para ser imbatível no campo da transição energética”. Na viagem à Rússia e à China, o presidente assinou acordos com as duas nações no setor. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, integra a comitiva brasileira.
A viagem de Lula ao país asiático tem novos compromissos nesta terça-feira (13), quando ele participa da abertura do Fórum China-CELAC, bloco que abrange todos os países da América Latina e Caribe. Também fará encontros bilaterais com o primeiro-ministro chinês, Xi Jinping, e outras autoridades do país.