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Participação de cerimônia na Rússia põe Lula ao lado de ditadores e apoiadores de Putin
Embora tente se colocar como um negociador de conflitos, Lula intensifica relações com Putin, enquanto se distancia de Zelensky
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um dos 29 chefes de Estado presentes nas comemorações de 80 anos do Dia da Vitória, nesta sexta-feira (9), em Moscou, que marca o aniversário da derrota da Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial. Todos foram convidados pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Ao lado do brasileiro, estão líderes como os presidentes da China, Xi Jinping; da Venezuela, Nicolás Maduro; e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, além de pelo menos mais quinze chefes de Estado que comandam regimes autoritários, incluindo ditadores africanos, do Sudeste Asiático e da Ásia Central.
Além de Lula, há outras lideranças de países democráticos, como os primeiros-ministros da Eslováquia, Robert Fico, e da Sérvia, Aleksandar Vucic. Todos eles mantêm postura alinhada à Rússia em conflitos militares e diplomáticos, como a guerra da Ucrânia e outras tensões com o Ocidente.
Putin também enviou convites a países ocidentais ou alinhados ao Ocidente, como a Coreia do Sul, mas recebeu uma negativa de todos. Muitos deles preferiram comparecer à comemoração feita pela União Europeia na quinta-feira (8), evento que teve a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Desde que foi eleito presidente em 2022, Lula vem tentando se colocar na posição de negociador de grandes conflitos armados, sobretudo na guerra da Ucrânia, a qual afirmou ser culpa tanto da Rússia, país invasor, como do governo ucraniano, país invadido. Junto à China, tentou articular um “grupo de paz” para liderar as negociações, mas sem sucesso.
No entanto, ao longo do mandato, o petista tem mantido relação próxima a Putin e a outros líderes do chamado “Sul Global”. Já afirmou que o russo seria bem-vindo ao Brasil, mesmo havendo uma ordem de prisão contra ele emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), a qual o Brasil teria de seguir por ser signatário do Estatuto de Roma.
Lula também tem dado prioridade ao Brics, bloco que tem a Rússia como um expoente, além de China e Índia, países que miram romper com a hegemonia econômica dos Estados Unidos e de potências ocidentais. Na agenda do grupo, por exemplo, está a redução da dependência do dólar no comércio internacional.
Por outro lado, apesar de ter tido um tímido encontro com Zelensky em setembro de 2003, sempre se manteve distante do líder ucraniano, que também tem recusado contatos com o petista.