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Lula tem nova agenda com MST e alivia pressões do movimento contra Paulo Teixeira
Ministro responsável pelo diálogo com o movimento tem sido criticado e Lula já ouviu até pedidos por sua demissão

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza, nesta quinta-feira (29), a segunda visita do ano a um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em Ortigueira (PR), ele participa da cerimônia de lançamento do programa “Terra da Gente” que busca incentivar a reforma agrária.
O evento também deve contemplar a desapropriação de fazendas entre os municípios de Faxinal e Ortigueira, uma reivindicação antiga do MST na região. No local, o movimento instalou o acampamento Maila Sabrina, com cerca de 1.600 pessoas, que deve ser transformado em assentamento.
Ao lado de Lula, estará o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, responsável pela ponte entre o governo e movimentos de ocupação de terras. Nos últimos meses, Teixeira vem sendo fortemente criticado por representantes do MST, que o acusam de não dar a devida prioridade ao grupo e por ter entregas insuficientes após mais de dois anos de gestão.
O MST chegou a divulgar uma carta para pressionar pelo assentamento de 100 mil famílias. No texto, a organização também criticou a atuação do Congresso Nacional “em defesa do agronegócio” e alegou uma “paralisação da reforma agrária” por parte do governo federal.
Em março, Lula visitou um assentamento do MST em Campo do Meio, no Sul de Minas Gerais, onde anuncie a desapropriação da Fazenda Ariadnópolis para reforma agrária e o assentamento de 12 mil famílias. Também lançou uma linha de crédito de R$ 1,5 bilhão para famílias assentadas e o lançamento do Desenrola Rural, programa de negociação de dívidas de produtores rurais.
A agenda desta quinta-feira no Paraná deve servir para colocar panos quentes sobre as especulações de que Teixeira poderia ser incluído em uma reforma ministerial do presidente Lula. A expectativa, no momento, é que ele seja mantido pelo menos até abril, prazo final para os ministros deixarem seus cargos para concorrer às eleições de 2026.