DESCONTOS ILEGAIS

Governo avalia atendimento presencial na Caixa a vítimas das fraudes no INSS, diz Alckmin 2x6jn

INSS anunciou que atendimento a beneficiário lesado será feita de forma exclusiva pela plataforma Meu INSS, que pode ser ada via site ou aplicativo 124z4

Por Ana Paula Ramos
Publicado em 09 de maio de 2025 | 16:57
 
 
Geraldo Alckmin, presidente em exercício, afirmou que governo estuda atendimento presencial a vítimas de fraudes do INSS Foto: Cadu Gomes/VPR

BRASÍLIA - O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta sexta-feira (9) que o governo federal estuda a possibilidade de a Caixa Econômica Federal fazer atendimento presencial caso os beneficiários lesados com o esquema de fraudes no INSS tenham dificuldades com o aplicativo “Meu INSS”

“Como tem pessoas que possam não ter o à internet, também se trabalha para que a Caixa Econômica Federal faça um trabalho mais de atendimento também presencial”, afirmou Alckmin, que está como presidente em exercício, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em viagem à Rússia. 

Na quinta-feira (8), o governo anunciou o plano de ressarcimento para os beneficiários que tiveram descontos associativos nos benefícios identificados pelo INSS e já começou a notificar, pelo canal Meu INSS, segurados que não sofreram nenhum desconto.

A partir desta terça-feira (13), o INSS vai enviar um comunicado aos beneficiários que foram lesados, também de forma exclusiva pela plataforma Meu INSS, que pode ser ada via site ou aplicativo. 

Investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou um esquema nacional de descontos associativos não autorizados feitos por sindicatos em aposentadorias e pensões, que retiraram R$ 6,3 bilhões dos beneficiários entre 2019 e 2024.  Desse total, o governo ainda identifica quanto foi descontado ilegalmente e quanto foi devidamente autorizado pelo beneficiário.

Entenda como será o esquema de ressarcimento desse dinheiro descontado sem autorização 1r6w3t

No dia seguinte à notificação do INSS, dois canais estarão disponíveis para que os segurados possam verificar qual associação realizou o desconto e o valor descontado: a plataforma "Meu INSS" e a central de atendimento 135.

Nessa etapa, o cidadão será informado sobre qual associação realizou o desconto, o valor cobrado e o período. 

Com esses dados em mãos, o segurado vai poder confirmar se autorizou o desconto ou não, de forma simples e digital. Não será necessário incluir ou apresentar documentos.

"Ele simplesmente vai clicar e falar: esse desconto eu não reconheço, eu não autorizei, eu não dei autorização para aquela associação fazer”, explicou o presidente do INSS, Gilberto Waller.

Caso não tenha autorizado o desconto, o beneficiário poderá selecionar uma opção, para ter o ressarcimento.

A associação terá 15 dias úteis para comprovar o vínculo com o segurado, juntando no sistema três informações: comprovação de associação, autorização do desconto e documento de identidade do segurado.

Caso a associação não comprove o vínculo, ela terá 15 dias úteis para realizar o pagamento ao INSS, que será reado ao segurado por meio de folha suplementar.

O sistema do INSS automaticamente gerará uma cobrança para a associação responsável pelo desconto indevido. O ressarcimento será feito diretamente na conta onde os beneficiários recebem os pagamentos previdenciários.

"Será feito via benefício, via conta do benefício. Nada de Pix, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco", afirmou o presidente do INSS.

A devolução dos recursos será para os descontos realizados nos últimos cinco anos, a partir de março de 2020. Mas o INSS não informou a partir de qual data começará o ressarcimento.

Entre os dias 26 de maio e 6 de junho, aposentados e pensionistas que tiveram descontos em abril já receberão a devolução desses valores.

Cuidados com golpes 563yu

Os segurados devem entrar em contato diretamente com o INSS, sem pedir para que outras pessoas façam, para evitar novos golpes.

Em caso de problemas, uma alternativa será a central de atendimento 135. O cidadão poderá pedir que um servidor do INSS e o "Meu INSS" dele.

A orientação é não abrir e-mails ou mensagens de WhatsApp. "O INSS não se comunica com você por nenhum outro meio que não seja o canal Meu INSS”, explicou o presidente do INSS, Gilberto Waller.