Após tentativas de visitas frustradas a MG, petistas aguardam Lula em janeiro

Para atenuar a pressão sobre o presidente, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), vice-líder do governo na Câmara, mencionou tentativas anteriores de visitas de Lula a Minas, frustradas por questões, inclusive de saúde. Correia afirmou que há uma programação para a presença do presidente no Estado, destacando projetos como o leilão da BR-381 para o início das obras de duplicação e investimentos no anel rodoviário de Belo Horizonte.

Além disso, Correia é esperado que Lula visite as obras em uma área anteriormente destinada ao aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste da capital mineira, focando especialmente na construção de moradias. Essa iniciativa está atualmente dependente de um acordo entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Ministério das Cidades para estabelecer o modelo necessário para a transferência da área, visando garantir o desenvolvimento do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Único mineiro na Esplanada dos Ministérios, o titular da pasta de Minas e Energia, Alexandre Silveira, analisou durante entrevista à reportagem de O TEMPO em Brasília a ausência de Lula em Minas Gerais durante seu primeiro ano de mandato. Ele amenizou defendendo que este ano “foi intenso” e dedicado para reconstruir políticas públicas do país, como o “Luz para Todos”, o “Minha Casa, Minha Vida” e a “Farmácia Popular”. 

Prioridade do presidente foi cumprir agenda internacional

Além disso, Silveira afirmou que o presidente se dedicou a contrapor a linguagem utilizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), destacada, segundo ele, pela “guerra de narrativas e ataques à imprensa”. O ministro também saiu em defesa das agendas no exterior do presidente da República: “Lula precisava das viagens internacionais. Caso ele não restabelecesse as relações estrangeiras, seria um suicídio nesse cenário. O Brasil voltou a arar o seu solo fértil. O país vivia uma estagnação dos investimentos”.

Em concordância, Margarida Salomão, prefeita de Juiz de Fora e participante da campanha de Lula em 2022, defendeu que suas viagens internacionais foram cruciais para reposicionar o Brasil no cenário global, enfatizando conquistas na área de sustentabilidade e liderança no G20. Segundo ela, essa agenda internacional tem limitado a presença de Lula em Minas Gerais, mas ela acredita que o presidente visitará o estado em breve.

Silveira ainda analisou o ciúme de políticos mineiros sobre a relação do presidente Lula com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Segundo o ministro, este sentimento é normal, desde que não atrapalhe o fazer político. “Na política tem um ciúme aqui e acolá, mas esse sentimento é menor que a aliança que não ite o retrocesso no Brasil, que não vai itir o retrocesso em Minas Gerais. Isso não é segregador. O presidente Pacheco ocupa um espaço que Lula está sabendo reconhecer”, enfatizou.