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Lula não descarta liberar exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas
O presidente brasileiro voltou a dizer – em meio à queda de braço do governo – que a Amazônia não deve ser transformada em um santuário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou, na noite (horário do Brasil) deste domingo (21), que não descarta liberar a exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas. No entanto, disse que pretende analisar o assunto quando concluir a viagem de volta do Japão, onde participou da cúpula do G7 no fim de semana.
Na quarta-feira (17), o Ibama negou uma licença para a Petrobras perfurar um poço exploratório a cerca de 160 km da costa do Oiapoque, no Amapá, e a cerca de 500km da foz do Rio Amazonas.
A medida agradou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Por outro lado, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da estatal, Jean Paul Prates, continuam pressionando pela licença de exploração. A petrolífera anunciou que vai recorrer da decisão.
Em conversa com jornalistas em Hiroshima, pouco antes de embarcar no avião presidencial, Lula afirmou que vetará completamente qualquer intenção de explorar petróleo na Foz do Amazonas caso haja risco real ao meio ambiente.
“Se extrair petróleo na Foz do Amazonas, que é a 530 quilômetros, em alto mar, se explorar esse petróleo tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros de distância da Amazônia, sabe?”, ponderou.
Pouco antes, em entrevista coletiva, o presidente brasileiro voltou a dizer – em meio à queda de braço do governo – que a Amazônia não deve ser transformada em um santuário: Para o presidente, é preciso uma política séria, que envolva também os povos indígenas, para evitar o desmatamento na região e, ao mesmo tempo, garanta a sobrevivência das 28 milhões de pessoas que lá vivem.
“Eles têm direito de viver, de trabalhar, de comer, de ter o a bens materiais que todos nós queremos. E, por isso, precisam explorar não desmatando. Explorar a riqueza da biodiversidade para saber se podemos extrair a possibilidade de desenvolver uma indústria de fármacos, de cosméticos, por exemplo, para gerar empregos limpos”, opnderou.
Na queda de braço, Marina Silva chegou a comparar o episódio com a polêmica construção da usina de Belo Monte, em Altamira (PA), que levou à saída dela no segundo mandato de Lula (2007-2010), que liberou a hidrelétrica na Amazônia.
Já Silveira defendeu o projeto e disse que o pretexto de um “pseudorrisco” não pode impedir a prospecção para que se tenha “conhecimento científico das potencialidades e riquezas naturais”.
“O que se discute neste momento não é a exploração dos diversos poços daquela região. Se discute a autorização para pesquisar uma reserva da margem equatorial. Se nós vamos fazer a exploração dessas potencialidades ou não, é uma decisão a ser tomada em outro momento pelo governo brasileiro”, disse o ministro de Minas e Energia. (Com Estadão Conteúdo)
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