BRASÍLIA - A Polícia Federal encontrou um documento manuscrito chamado “Operação 142”, de autoria do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro e candidato a vice em 2022. As ações previstas nesse plano de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro tinham como objetivo impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O material estava em uma pasta de documentos na mesa de Peregrino, na sede do Partido Liberal, em Brasília. Segundo a PF, essa apreensão prova que Braga Netto é “figura central nos atos que tinham o objetivo de subverter o regime democrático no Brasil”.
Nesta terça-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou o relatório final da Polícia Federal que indiciou Bolsonaro e mais 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O documento "Operação 142", dentro do tópico “Linhas de esforço”, propõe ações que incluem “interrupção do processo de transição”, “mobilização de juristas e formadores de opinião” e “enquadramento jurídico do decreto 142 (AGU e MJ)”. Esse último tópico envolvia a participação da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Justiça (MJ).