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Para especialistas, BNDES é o controlador ideal para Cemig, Copasa e Codemig
Caso governo Lula aceite a federalização das estatais mineiras, banco de fomento tem experiência na istração deste tipo de ativo

Caso o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalie as federalizações como viáveis, o BNDES é avaliado como o órgão que poderia absorver o controle acionário de Cemig, Copasa e Codemig. Além de já ter 3,73% das ações totais da Cemig, o BNDES Par. chegou a formalizar ao governo Romeu Zema (Novo), em janeiro de 2021, o interesse em comprar parte das ações da Codemig, o que, no final das contas, não avançou, já que o governo tinha e ainda tem autorização para vender apenas 49% delas.
Ao menos para Ricardo Machado Ruiz, professor de Ciências Econômicas da UFMG, o BNDES é o “ator mais qualificado do governo federal” para estar à frente da federalização. “Qualificado em quais termos? Em termos de valoração, atuação nos segmentos de mercado, participações em outras empresas, equipes qualificadas para fazer este tipo de modelo de ‘privatização’. É algum fundo de investimento patrocinado pelo BNDES. Provavelmente, este seria o arranjo financeiro mais viável a curto prazo”, aponta o especialista.
A professora de Direito istrativo da PUC Minas, Maria Fernanda Pires concorda com o colega, mas pontua que o modelo da federalização precisa ser discutido. “A ser utilizada a modelagem de outras federalizações ocorridas, há uma possibilidade de recompra pelo Estado de Minas Gerais em 20 anos, enfim, isso vai ser estabelecido nos critérios que vão fazer parte do projeto de lei”, observa a doutora em Direito Público.
Questionado se a Empresa Gestora de Ativos (Emgea), que, inclusive, é presidida pelo ex-governador Fernando Pimentel, seria uma alternativa ao BNDES, Ruiz acredita que não. “(A Emgea) é outra coisa. São ativos que a União tem porque as dívidas não foram pagas. A Emgea é um ativo muito complicado. Está fora do esquema”, ressalta o professor de Ciências Econômicas da UFMG.