Habitualmente tranquilo nas entrevistas coletivas, o técnico do Atlético, Gabriel Milito, irritou-se pela primeira vez diante dos jornalistas na tarde deste domingo (30 de junho), após o empate por 1 a 1 com o Atlético-GO, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi o quarto jogo seguido do Galo sem vencer na Arena MRV (antes, havia perdido para o Palmeiras e empatado com Bahia e Fortaleza).
Uma das perguntas feitas ao treinador foi sobre a decisão de levar seis jogadores para o banco de reservas, onde podem ficar até 12. Nas últimas partidas, Milito tem lidado com um número considerável de desfalques. Para enfrentar o Dragão, foram 12. O comandante alvinegro explicou por que não subiu algum atleta da categoria de base para completar a lista de suplentes.
"Jogamos com os jogadores disponíveis. Colocamos no banco de reservas os jogadores disponíveis. Não tenho porque trazer 23 jogadores se eu sei que há sete que não vou usar. Queremos chamar meu irmão, meu pai e meu primo para ficar no banco? Não é assim. Gostaríamos de ter todos, mas não temos. Eu sei e vocês sabem disso. Não falemos mais disso", pediu o técnico, irritado. "Para ocupar os lugares [do banco de reservas], vamos subir jogadores por subir? Eles não vão jogar, porque não estão preparados ainda. Estou sempre falando o mesmo", completou.
Nesse duelo, o Atlético não contou com o lateral-esquerdo Guilherme Arana, o meio-campista Alan Franco e o atacante Eduardo Vargas, na Copa América; o zagueiro Bruno Fuchs e o meia Gustavo Scarpa, suspensos; o goleiro Everson, o zagueiro Mauricio Lemos, o lateral-direito Saravia, o meio-campista Rubens e o meia-atacante Alisson, no departamento médico; o volante Otávio, em transição; e o meia Zaracho, com dores no púbis.
O banco de reservas foi formado pelo goleiro Gabriel Delfim; os meias Robert, Pedrinho e Vitinho; e os atacantes Alan Kardec e Isaac.
'Empate justo'
Ao ser questionado sobre as chances criadas pelo time goiano no primeiro tempo, Milito considerou justo o empate entre Galo e Dragão. "O adversário é uma boa equipe, com uma proposta ofensiva. Sabíamos que isso poderia acontecer. Defendemos e atacamos da melhor forma que poderíamos. Não quer dizer que achamos perfeito. Foi uma partida parelha e creio que o empate foi justo. Estamos fazendo o melhor que podemos neste momento", disse.
Ele discordou da análise de que o Atlético ficou excessivamente exposto na etapa inicial. "Não é que estávamos muito expostos. Sempre que uma equipe que tenta atacar perde a bola, gera contra-ataque. E fazer a transição para a defesa é difícil. Teremos que seguir trabalhando nesse aspecto, para que a circulação da bola seja mais rápida, de melhor qualidade."