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NFL com Lacalle: Taylor Swift foi a melhor "estratégia" que uma competição poderia ter

O vinculo de Taylor Swift com a NFL trouxe para a liga uma nova legião de torcedores

Por Lance
Atualizado em 27 de maio de 2025 | 17:35

A NFL ama um espetáculo dentro ou fora dos gramados. A principal liga de futebol americano busca a expansão constante nos Estados Unidos e ou a olhar com cada vez mais atenção para os fãs ao redor do mundo. E, para isso, ela sabe que toda a ajuda da mídia é necessária. Seja com boas notícias ou pontos mais polêmicos. Para a maior competição privada do planeta, não existe marketing ruim. Apenas marketing. E todo o buzz de Taylor Swift e seu namoro com um dos maiores Tight Ends da história, Travis Kelce, é tudo o que ela precisava para se renovar com extrema agilidade e atrair cada vez mais torcedores jovens. 

Qual esporte não sonha com uma legião de crianças acompanhando todas as partidas de um time, porque ele viralizou? O skate explodiu nas Olimpíadas com jovens atletas sendo carismáticos e dando tudo de si nas pistas. Rayssa Leal é o maior exemplo do hype que houve de 2021 para cá. E a dinâmica do esporte causou um impacto direto no público mais jovem, ando a ser uma modalidade que lota arenas mundo afora - inclusive no Brasil. Na NFL isso não é diferente. A liga busca de forma incansável diversas maneiras para atrair um público infantil, todas as temporadas, há anos. 

Não é segredo para ninguém que a durabilidade de um esporte não pode se basear apenas na paixão pelos times que é ada de geração em geração. Ou pelo menos, não é segredo para a NFL - por mais que muitos times do futebol tradicional se baseiam apenas nisso. E é por isso que a National Football League dá aula quando o assunto é marketing e retenção do público.

A NFL tem implementado cada vez mais estratégias para atrair o público jovem para garantir o futuro da liga. Quer exemplos? Podemos falar de como a competição firmou parcerias com a Disney e a Nickelodeon, fazendo partidas dinâmicas e interativas com personagens populares entre crianças, como uma transmissão em tempo real com elementos de Toy Story e Bob Esponja. Ou de como a competição tem investido muito em um conteúdo digital cada vez mais atrativo. 

Ainda, ações como o "Play 60" trabalha diretamente com as crianças, incentivando-as a se exercitarem e promovendo um estilo de vida saudável. O "Play Football" é outra ação que faz com que grupos de jovens tenham aulas para desenvolverem habilidades e valores como a liderança e o trabalho em equipe. Fora o investimento massivo da NFL Foundation que já investiu cerca de US$65 milhões na criação e renovação de mais de 435 campos de futebol americano comunitários nos Estados Unidos e alguns de flag football mundo afora, proporcionando espaços seguros e impecáveis para a prática da modalidade. 

Outro ponto interessante tem sido a proximidade cada vez mais intensa com criadores de conteúdo norte-americanos. No último Super Bowl de Nova Orleans, inclusive, a NFL promoveu uma competição de Flag Football entre influenciadores, transmitido ao vivo e de graça no Youtube, onde estiveram presentes nomes como Kai Cenat, iShowSpeed, entre muitos outros gigantes e massivamente seguidos pelo público jovem. Ações constantes que trabalham incansavelmente com que os torcedores mirins estejam sempre entretidos e não dependam apenas dos pais para que tenham contato com a liga durante a temporada.

Mas posso te falar? Nada disso foi tão rápido e paralelamente eficaz quanto ao “Boom da Taylor Swift”. Desde que a cantora pop começou a frequentar os jogos do Kansas City Chiefs, em setembro de 2023, para ver o namorado Travis Kelce jogar, a influência da artista transcendeu o mundo da música e impactou significativamente a NFL. O típico romance de filme hollywoodiano acontecendo na vida real e diante de nossos olhos. E os olhos da competição nunca brilharam tanto. 

O impacto de Taylor Swift na NFL

A presença da cantora gerou picos de audiência notáveis. Por exemplo, o jogo entre Chiefs e Jets, no dia 1 de outubro de 2023, alcançou 27 milhões de telespectadores, tornando-se o jogo de domingo à noite mais assistido desde o Super Bowl LVII, da temporada ada. Ainda, segundo a CNN, houve um aumento de 53% na audiência entre meninas adolescentes. Um público ainda pouco atingido pela NFL de forma orgânica. Ou seja, Taylor Swift guiou jovens para que começassem a acompanhar as partidas na esperança de vê-la por alguns segundos durante a transmissão. E, por mais que houvesse reclamações quanto a isso, a média de aparição da “loirinha” durante uma transmissão de 3 horas foi menor que 25 segundos, segundo o New York Times, a cada partida.

Segundos valiosos para a liga que viu sua receita crescer exponencialmente. De acordo com a Apex Marketing Group, as aparições de Taylor durante as transmissões das partidas gerou aproximadamente US$331,5 milhões em valor de marca para a NFL e para os Chiefs. Isso inclui aumentos em vendas de mercadorias, audiência televisiva e engajamento nas redes sociais.

Ainda, a associação de Taylor Swift com a NFL impulsionou as vendas das camisetas de Travis Kelce. Estas tiveram um aumento gigantesco - 400% - após a primeira aparição pública da cantora em um jogo dos Chiefs. Este que vos fala também garantiu uma  jersey - mas o meu motivo é por achar do Kelce o segundo maior Tight End da história do futebol americano, atrás apenas de Rob Gronkowski. 

Nosso país também busca maneiras de alavancar a audiência

No Brasil, ou a ser possível traçar um paralelo entre o crescimento da torcida dos Chiefs, o número de mulheres que aram a acompanhar futebol americano e a chegada do fator Taylor Swift, na NFL. Uma eficácia no crescimento da base de fãs que não era esperada pela liga, tanto em nosso país, quanto fora. Mas que ou a ser tão efetivo quanto diversas outras ações que visam a expansão da modalidade.

Também é possível ver o quanto celebridades brasileiras contribuem para o crescimento da liga no país. Grandes nomes como Oscar Schmidt, Rebeca Andrade e Rayssa Leal (que estiveram presentes no jogo da NFL no Brasil); Casimiro Miguel, Leo Ortiz (Flamengo), Gabriel Brazão (Santos), Rudy Landucci, deixam claro que gostam ou conhecem a modalidade, e acabam influenciando cada vez mais pessoas a darem uma chance ao esporte, que precisa ser desmistificado pela cultura futebolística, muitas vezes tóxica, que existe no país. 

O fato é que a NFL nunca parou de crescer desde quando foi criada, em 1920. Mas a forma que tem crescido nos últimos anos tem sido exponencial e nunca vista em nenhuma modalidade fora do futebol, que conta com as febres geracionais dos grandes craques. E boa parte do impacto disso vem das personalidades como, por exemplo, a cantora pop que está todos os meses no top 10 artistas mais escutados do mundo - muitas vezes ocupando mais de uma posição, com suas músicas. 

Tudo isso é incrível para a jovialidade não apenas da NFL, mas sim do futebol americano. E quanto mais meninos e meninas adolescentes estiverem interessados nas partidas, a força da modalidade continuará a ser geracional. Seja com grandes jogadores fazendo jogadas inesquecíveis, com cantoras pop acompanhando as partidas e aparecendo ocasionalmente ou com atrações de peso no intervalo do Super Bowl. 

O fato é que a liga sempre vai buscar maneiras de se reinventar. E quando ver uma boa onda, ou melhor, jogada acontecendo, não vai deixar de dar o máximo para completar es certeiros, anotando cada vez mais Touchdowns.