OPINIÃO

O momento pede uma vitória no clássico. Mas é preciso ter cabeça! 5ksl

No último clássico, o rival aproveitou-se da falta de malícia. Mas essa maldade não era questão de nomes, era uma questão de grupo. O Cruzeiro hoje é um time. 3b6u3d

Por Josias Pereira
Publicado em 17 de maio de 2025 | 14:13
 
 
Matheus Pereira e Hulk em disputa de bola no clássico Foto: Atlético-MG/Flickr/Divulgação

A invencibilidade atual do Cruzeiro será testada neste domingo, quando volta a enfrentar o rival Atlético diante de um Mineirão tomado pela China Azul. As memórias do último clássico remontam a uma expulsão precoce de Gabigol que, querendo ou não, interferiu diretamente no roteiro do jogo, trazendo um peso ainda maior a um time que, definitivamente, não estava pronto. Fora isso, claro, as polêmicas de arbitragem. O rival, por sua vez, aproveitou-se da instabilidade, daquela falta de malícia, mesmo tendo jogadores mais do que experientes em campo. 

Mas essa maldade não era uma questão de nomes, era uma questão de grupo. Hoje o Cruzeiro é um time, com organização, peças definidas e uma escalação que logo vem à mente, sem nem suscitar muitas dúvidas sobre esta ou outra posição. Será o primeiro clássico de Leonardo Jardim, que naquela ocasião viu das tribunas do Mineirão um Cruzeiro desajustado. Mas ele sabe que hoje tem nas mãos um conjunto, que ainda carece de peças, mas que pode entregar resultados. 

E é nisso, nesta confiança, que a Raposa precisa se apegar para buscar esta vitória. Um triunfo esperado, aquele jogo que está entalado. Chegou a hora de uma resposta contundente ao rival. De fazer uma partida que muda patamares. Sabemos que há muito pela frente, mas clássico é uma final de campeonato. Não há como se entregar pela metade. Tem que ser ao máximo, no limite. Uma partida de manual para marcar território e confirmar a importância deste momento. 

Fora isso, há números, há tabus, e o Cruzeiro vem os quebrando. Foi assim contra o Flamengo. Foi assim contra o Sport. Há escritas que precisam ser também desfeitas contra o Atlético. 

Em termos técnicos, vejo o Cruzeiro hoje levemente superior neste clássico, tendo um conjunto que vem performando de maneira mais efetiva e entregando resultados interessantes. Mas este sempre vai ser um jogo traiçoeiro, por isso que o mental precisa estar em dia e preparado para ar das armadilhas propostas pelo oponente ao próprio clima de pressão que as arquibancadas lotadas imputam na busca pelo resultado positivo. 

Porém, vejo hoje um Cruzeiro com capacidade de apresentar soluções e respostas. Que isso se confirme quando a bola rolar. Será um jogo de nervos à flor da pele e de erro mínimo. Mas, acima de tudo, que a animosidade gerada pela rivalidade fique apenas em campo e que a paz prevaleça fora dele.