-
Ave extinta por 50 anos volta a habitar maior área de Mata Atlântica em MG
-
'Só parou de abusar de mim porque não conseguia mais ter ereção'
-
Cidades - Últimas notícias de Belo Horizonte e Minas Gerais
-
Gerentes de bancos rearam informações de clientes para quadrilha que desviou R$ 20 mi
-
Dupla que realizava manobras perigosas em moto é presa em BH
Pronto-Socorro do Risoleta Neves fecha porta no 1º dia de suspensão de cirurgias: 'sem estrutura'
Começa nesta quarta-feira (22 de janeiro) a paralisação de cirurgias ortopédicas eletivas em todos os hospitais não emergenciais do SUS-BH

O Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, interrompeu o atendimento a novos pacientes na manhã desta quarta-feira (22 de janeiro). A medida é crítica, pois o pronto-socorro da unidade é porta-aberta e deveria funcionar 24 horas sem restrições. Segundo a direção, uma superlotação saturou a capacidade assistencial do hospital. Belo Horizonte enfrenta um colapso no sistema de saúde devido à "alta demanda por leitos ortopédicos de urgência", segundo a prefeitura. Todas as cirurgias eletivas do tipo estão suspensas por duas semanas.
Segundo a diretoria do pronto-socorro de Venda Nova, a unidade está atendendo, nesta quarta-feira, o dobro de pacientes em relação à capacidade assistencial. O Risoleta pode atender até 90 pacientes simultaneamente, mas está com 180 usuários itidos. A interrupção da assistência é emergencial. "Desde 2023, o Pronto-Socorro vive com superlotação. Esta é a primeira vez, desde então, que essa medida é adotada. Neste momento, o Risoleta não tem condições estruturais e de espaço físico para receber novos pacientes", informou o hospital.
O Risoleta notificou a superlotação à Rede de Urgência e Emergência de BH, solicitando apoio para encaminhar parte dos pacientes a outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS-BH). Por enquanto, o pronto-socorro está adotando medidas de apoio diagnóstico e outros recursos para possibilitar mais altas hospitalares. "O Hospital Risoleta lamenta o desconforto gerado para a população de referência neste momento, mas reafirma seu compromisso de, mesmo diante de todos os desafios, prestar uma assistência aos pacientes com segurança e qualidade", afirmou a direção.
Cirurgias suspensas e rede não emergencial do SUS-BH como reforço
Nesta quarta-feira (22 de janeiro), todos os hospitais não emergenciais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS-BH) começaram a priorizar cirurgias ortopédicas de urgência, que têm sobrecarregado a rede e causado superlotação no Risoleta. A medida foi definida por um ofício assinado pela Regulação do o Hospitalar da Saúde de Belo Horizonte, ao qual O TEMPO teve o, suspendendo a realização de cirurgias eletivas do tipo por duas semanas.
A interrupção dos procedimentos ocorre simultaneamente ao fechamento do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), na região Centro-Sul, onde parte das cirurgias vem sendo cancelada desde o final de dezembro. A última vez que o Executivo precisou suspender tratamentos cirúrgicos foi durante a pandemia de covid-19, em um cenário de crise global.
O ofício foi enviado aos diretores de sete hospitais: Baleia, Clínicas (UFMG), Evangélico, Célio de Castro, São Francisco de Assis, Universitário Ciências Médicas e Santa Casa de BH. O documento informa que a rede SUS-BH enfrenta uma sobrecarga de demanda por cirurgias ortopédicas urgentes, ou seja, aquelas em que os pacientes sofrem lesões graves com risco à vida, danos permanentes ou complicações de saúde, como fraturas expostas, comprometimento de nervos e politraumatismos, comuns em acidentes de trânsito.
De acordo com a PBH, a fila atual é de uma média diária de 100 pacientes que precisam de leito ortopédico de urgência. Em duas semanas, logo, o número é de no mínimo 1.400 cirurgias. “Por isso a necessidade da implementação dessa medida, de forma a garantir atendimento ágil aos pacientes graves. A estratégia faz parte de um plano de ações regular da Secretaria Municipal de Saúde sempre que há maior demanda de leitos ortopédicos no município”, argumenta o Executivo.