Durante a briga que culminou na morte de um torcedor cruzeirense na tarde desse sábado (2 de março) na avenida Tereza Cristina, a Polícia Militar identificou a participação de Marcos Vinícius Oliveira de Melo, conhecido como Vinicin, na rixa de torcidas. Vinicin é ex-diretor da Galoucura, principal torcida organizada do Atlético, e tem histórico de violência contra cruzeirenses.
Vinicin foi condenado a 17 anos pelo Tribunal do Júri no caso da morte do cruzeirense Otávio Fernandes, espancado na frente de uma casa de shows durante um evento de artes marciais em 2010. O ex-diretor da Galoucura foi condenado a 15 anos pelo homicídio e a dois anos por formação de quadrilha.
Recentemente, ele foi denunciado por tentativa de homicídio contra outro cruzeirense, mas o Tribunal do Júri entendeu que Vinicin não quis matar um cruzeirense no bairro Prado, em 2018, após um clássico entre Atlético e Cruzeiro. O ex-diretor foi condenado a pouco mais de 1 ano pelos crimes de lesão corporal leve e incitação à violência.
Conforme a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), Vinicin teve a sua primeira agem pelo sistema prisional registrada em maio de 2008. Desde então foram registradas outras quatro entradas no sistema prisional. A última entrada foi em outubro de 2018. Em outubro de 2022 ele foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica, mas em abril do ano ado houve determinação judicial para a retirada do monitoramento. Ainda conforme a pasta de segurança, Vinicin, atualmente, está em processo de transferência, ou seja, aguardava entrada em alguma unidade prisional, mas não há detalhes sobre essa transferência.
No boletim de ocorrência registrado nesse sábado, a Polícia Militar identificou que Vinicin participou da rixa. Ele foi visto agredindo um cruzeirense e impedindo que o torcedor baleado fosse socorrido. “Vale ressaltar que Marcos Vinícius oliveira de melo, fora condenado em 2013 a 17 anos de prisão pela participação no homicídio de Otavio Fernandes, ocorrido em 2010. Em 2018, o mesmo também foi condenado a 1 ano e 4 meses de prisão por lesão corporal leve, sendo que no mesmo caso, seus comparsas foram condenados por tentativa de homicídio. Esses são apenas alguns dos inúmeros casos que o mesmo esteve envolvido”, registrou a PM.
A reportagem tentou contato com os advogados que defenderam Vinicin no último julgamento, mas não foi atendida. Pelo boletim de ocorrência, Vinicin não foi preso após a briga desse sábado. Oficialmente, a Galoucura não se manifestou. O presidente da torcida, Josimar Júnior, que chegou a ser preso junto com Vinicin, disse apenas que "quando um morre, independente do lado, todos perdem".