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Gripe aviária: humanos que tiveram contato com aves na Grande BH serão monitorados
O foco da doença no município foi informado nesta terça-feira (27) pelo governo de Minas Gerais, que decretou emergência sanitária

Os humanos que tiveram contato com os três animais diagnosticados com gripe aviária em um sítio de Mateus Leme, na Grande BH, serão monitorados por dez dias. A informação é do prefeito da cidade, Renilton Coelho (Republicanos). O foco da doença no município foi informado nesta terça-feira (27) pelo governo de Minas Gerais, que decretou emergência sanitária por 180 dias no estado.
O vírus causador da influenza aviária infectou dois gansos e um cisne negro. Os animais foram encontrados mortos no dia 16 de maio, quando foi iniciado o protocolo de exames para diagnosticar a doença. De acordo com o prefeito de Mateus Leme, o monitoramento dos humanos será feito por dez dias, de maneira preventiva, em função da possibilidade de contato com as aves.
"Todas as medidas sanitárias já estão sendo tomadas, quero tranquilizar a população que não existe risco comunitário", disse Coelho. O diretor do Hospital Veterinário do Centro Universitário UniArnaldo de Belo Horizonte, Bruno Divino, explicou que a transmissão da gripe aviária de animais para humanos se dá por aerossóis, ou seja, quando a infecção ocorre por meio de gotículas respiratórias menores suspensas no ar.
“A gente ouviu muito falar disso na Covid-19. Então, como é um vírus de transmissão respiratória, o vírus da gripe, ele tem a mesma característica. Então, aquelas pessoas que têm o contato mais próximo, aquelas pessoas que geralmente são os tratadores, que lidam diretamente com os animais é que podem ter contato com esse vírus e podem desenvolver a doença”, sinalizou o especialista.
Divino afirmou que os proprietários de sítio e tratadores de animais devem ficar atentos caso as aves começam a desenvolver sintomas da doença. “Hoje nós temos três grupos de animais que estão em risco: são as aves silvestres e principalmente essas aves migratórias, as aves comerciais, que são essas de granja, e as aves de subsistência que são essas aves criadas nos quintais. E esse é um grupo que preocupa muito em relação à influenza aviária. Então, os moradores têm que prestar atenção em sinais gripais nas aves, caso haja uma parada na alimentação, se as aves ficarem com a barbela arroxeada, as patas arroxeadas. Qualquer um destes sintomas chama muita atenção”, ilustrou.
Caso sejam identificados alguns sintomas, o veterinário afirmou que é necessário notificar o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) para que as aves sejam levadas a um laboratório para realização de exames.
Risco a humanos
O diretor do Hospital Veterinário do Centro Universitário UniArnaldo lembrou que a transmissão da doença, de aves para humanos, é difícil de acontecer. No entanto, frisou a importância de atenção a sintomas gripais e respiratórios. “A gente tem que tomar muito cuidado para não gerar pânico, porque é um vírus que ele evolui, mas ele está numa fase que a transmissão para o humano é ainda difícil, rara. Ainda é uma situação muito inicial”, exemplificou Bruno Divino.
O veterinário frisou que, no momento, a situação não demanda uma grande preocupação por parte da população. “Há, porém, cuidados específicos no preparo e aquisição desses alimentos. É fundamental que todo alimento, todo produto seja inspecionado pelo serviço de inspeção municipal, estadual ou federal. Esses produtos, sendo inspecionados, há uma garantia de que realmente eles são saudáveis e são seguros. E outro ponto para reforçar, é sempre comer os alimentos bem cozidos, bem preparados, porque a temperatura vai ser um dos principais agentes que vão evitar a propagação desse vírus, mas hoje não existe esse risco”, finalizou.
O caso
Minas Gerais confirmou, nesta terça-feira (27), um foco de gripe aviária. A identificação ocorreu em três aves ornamentais, em um sítio de Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte. Em função da identificação, o governador Romeu Zema (Novo) decretou emergência sanitária, em edição especial do Diário Oficial.
"As medidas de monitoramento, as ações preventivas e a análise de riscos da IAAP serão realizadas em cooperação com o setor privado e o poder público, observados os princípios e as diretrizes estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, bem como os protocolos sanitários estabelecidos na legislação vigente", diz o texto publicado pelo chefe do Executivo. O decreto tem validade de 180 dias.
De acordo com o de monitoramento de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o foco se deu em uma espécie de cisne negro. Em vídeo enviado à imprensa, o vice-governador, Mateus Simões (Novo), disse que o contágio aconteceu pela agem de aves migratórias.
"É um risco que infelizmente acontece. E repito, todas as providências estão sendo tomadas. Todos os recursos físicos, estruturais e financeiros estão já à disposição das nossas autoridades sanitárias e não há qualquer risco no consumo de carne ou de ovos", detalhou Simões.
No Brasil, são três focos identificados: dois no Rio Grande do Sul e um em Minas. Apenas um dos casos, em Montenegro, no estado gaúcho, se deu em granja comercial. Após a confirmação, mais de 60 países embargaram as exportações de carnes de frango do Brasil.