BRASÍLIA

Veja o momento da explosão no estacionamento da Câmara dos Deputados em Brasília

Explosivos estavam no porta-malas do carro estacionado em frente à entrada do Anexo IV da Câmara dos Deputados

Por Lara Alves
Atualizado em 13 de novembro de 2024 | 22:09

BRASÍLIA — Um carro explodiu em frente à entrada do Anexo IV da Câmara dos Deputados em Brasília, nesta quarta-feira (13). Os explosivos caseiros estavam no porta-malas do automóvel Shuma da marca Kia. Ele tinha placa de Santa Catarina e pertencia a Francisco Wanderley Luiz.

Outras duas explosões também ocorreram nesta noite de quarta-feira, na praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal — a menos de 450 metros do lugar onde o carro estava parado quando explodiu. As bombas estouraram praticamente no mesmo minuto. 

Até a publicação dessa reportagem, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal confirmaram um óbito na praça dos Três Poderes, onde estão localizados o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. 

A Esplanada dos Ministérios foi parcialmente fechada, e forças de segurança isolaram o local devido à suspeita de presença de outros explosivos na área. A Polícia Federal (PF) já investiga o caso.  

No momento das explosões, os ministros do STF foram retirados em segurança do prédio, que foi evacuado. “Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança". 

"Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, informou a assessoria de imprensa da Corte. 

O Palácio do Planalto, sede do governo federal, reforçou a segurança após as explosões — o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estava no local no momento. Após cerca de uma hora dos estrondos, a sessão da Câmara dos Deputados foi interrompida. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu manter a sessão na noite de quarta. 

Os deputados Sâmia Bomfim (Psol-SP) e Chico Alencar (Psol-RJ) solicitaram a suspensão da sessão a Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que substitui Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara. Inicialmente, Sóstenes negou o pedido e afirmou que aguardaria uma posição da Polícia Legislativa e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para avaliar se havia motivo para suspender a sessão. 

Relato 

A prestadora de serviços do Tribunal de Contas da União (TCU), Layana Costa, disse ter visto o momento das explosões. O homem que carregava as bombas ou pelas pessoas que aguardavam ônibus em uma parada em frente ao palácio do STF. Ele chegou à praça dos Três Poderes e arremessou a primeira bomba na Estátua da Justiça; a segunda explodiu com ele. 

"Ele simplesmente ou, deu um 'ha', não prestei atenção. Ele andou mais ou menos uns 30 ou 40 segundos, e a gente ouviu o primeiro barulho. A gente virou, e simplesmente eles [seguranças] vieram. Ele jogou na estátua, estava em pé, e na segunda bomba ele caiu. Foi ele que explodiu", disse.