BRASÍLIA - O empresário sul-africano Elon Musk, dono da rede social X, antigo Twitter, exaltou falas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e a atitude do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender o o à plataforma no país.

Neste domingo (1), no X, Musk compartilhou um vídeo em que Lira critica o bloqueio de bens da empresa Starlink, também pertencente ao bilionário. O empresário ainda diz que “aprecia” o que chama de “apoio” do deputado.

A Starlink é uma prestadora de serviço de internet que atua em áreas remotas, por satélite, e é um dos braços do grupo empresarial do sul-africano. Lira mostrou preocupação com o fato de Moraes ter mandado bloquear bens de uma empresa que, apesar de pertencer ao mesmo dono, não tem relação direta com o X. “Se no escândalo das Americanas fossemos bloquear a conta da Ambev, não seria correto, exemplificou.

'Bravo!' para Simões

Pela mesma rede social, Elon Musk elogiou o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, pelo ter usado uma rede VPN para ar o X após o bloqueio do o no Brasil. “Bravo!”, escreveu o empresário ao republicar um post de Simões.

O vice-governador publicou no X às 00h38 de sábado (31) e escreveu: “VPN funcionando. Nunca me imaginei praticando e propagando desobediência civil, mas censura não pode ser itida, jamais”.

Uma conexão VPN permite ao usuário ocultar sua conexão e ar conteúdos que sejam bloqueados em seu país. Moraes determinou a aplicação de multa diária de R$ 50 mil para quem ar o X com a ferramenta.

A ordem para o bloqueio da plataforma ocorreu após a empresa de Elon Musk não cumprir a determinação do ministro Alexandre de Moraes de indicar um novo representante legal no país.

A intimação foi feita às 20h07 de quarta-feira (28), dando à empresa um prazo de 24 horas para acatar a ordem. No entanto, a companhia confirmou que não seguiria a determinação e, em comunicado, afirmou que, nos próximos dias, publicará "todas as exigências ilegais" do magistrado, bem como "todos os documentos judiciais relacionados, para fins de transparência".