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Ato de 7 de Setembro de Bolsonaro tem coro contra Moraes, pressão a Pacheco e defesa à anistia
O candidato Pablo Marçal também esteve na Avenida Paulista, mas não subiu no carro de som
BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro capitaneou neste sábado, dia 7 de setembro, uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, que teve como alvo principal o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após decisão que suspendeu a rede social X, do bilionário Elon Musk,na última sexta-feira (30).
Vestidos em sua maioria de verde e amarelo, os manifestantes carregavam cartazes em que pediam intervenção militar e criticavam o bloqueio da rede social X e o ministro Alexandre de Moraes.
Além de Bolsonaro, estavam presentes na Avenida Paulista o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL). Também estavam presentes no caminhão o pastor Silas Malafaia e parlamentares como os senadores Magno Malta (PL-ES) e Marcos Pontes (PL-SP), além dos deputados federais Mario Frias (PL-SP) e Ricardo Sales (Novo-SP).
Parlamentares de oposição ao governo Lula recolheram s nas manifestações em São Paulo e em outras cidades do país para reforçar o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo. O documento deve ser protocolado na próxima segunda-feira (9). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já indicou que não dará andamento ao processo.
Bolsonaro pede freio a Moraes
Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que senadores precisam pôr um freio no magistrado. “Temos tudo para sermos uma grande nação, mas devemos botar freio através dos dispositivos constitucionais naqueles que rompem o limite das quatro linhas da nossa Constituição. Que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil do que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva", disse.
Parlamentares da oposição ao governo Lula recolheram s nas manifestações em São Paulo e em outras cidades e adiantaram que vão protocolar no Senado um novo pedido de impeachment, de iniciativa popular, contra Alexandre de Moraes. Pacheco já indicou que não vai dar andamento ao processo, que, se aberto, seria inédito no país.
No discurso no carro de som, Bolsonaro defendeu ainda anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro, em que os prédios das sedes dos Três Poderes foram depredados em Brasília. Segundo ele, os atos foram uma “catarse” do povo brasileiro, e não uma tentativa de golpe. “Temos que, através de uma anistia, beneficiar essas pessoas que foram injustamente condenadas”, disse.
Aliada de Bolsonaro, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Caroline de Toni (PL-SC), pautou para a próxima terça-feira (10) o projeto de lei que propõe uma anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro ainda afirmou, durante seu pronunciamento, que as eleições de 2022 foram conduzidas “de forma totalmente parcial” pelo ministro Alexandre de Moraes, na época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Eduardo Bolsonaro chama Moraes de ‘psicopata’
Quem abriu os discursos foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O filho do ex-presidente chamou Moraes de “psicopata” ao mencionar decisões do ministro relacionadas aos presos de 8 de janeiro. “Um psicopata é capaz de colocar velinhas em uma cadeia por anos por capricho pessoal. Um psicopata é capaz de separar uma mãe de seus dois filhos", disse o deputado, acrescentando ainda que Moraes tinha um plano de colocá-lo na cadeia.
Tarcísio pede a volta de Bolsonaro
Ex-ministro de Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, evitou criticar Alexandre de Moraes em seu discurso. Disse sentir saudade do governo do ex-presidente e também defendeu anistia para os presos pelos atos do 8 de janeiro.
"Anistia é um remédio político. O Congresso pode nos dar esse remédio político. Nós merecemos isso", disse, puxando um coro de "volta, Bolsonaro", ao finalizar o discurso.
Nikolas chama Pacheco de ‘covarde’
Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se referiu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como um “tirano” e “criminoso” durante seu discurso em ato na Avenida Paulista, neste 7 de setembro.
“Um criminoso que usa dos seus poderes a qualquer preço para poder silenciar e calar e impedir que nós saibamos a verdade. Quando ele derruba o X, o antigo Twitter, ele impede não somente a nossa voz, mas impede todas as vozes”, disse, no alto do carro de som.
Nikolas também chamou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de “covarde”, por não pautar o impeachment de Moraes.
“Os homens do ado teriam vergonha de você, Pacheco. Os homens do presente sentem vergonha de você, Pacheco. E nós assegurarmos que os homens do futuro também sintam vergonha de você, Pacheco. Paute o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, seu covarde.”
Marçal é carregado por apoiadores na Paulista
O candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano, Pablo Marçal (PRTB), chegou ao final do ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista, que reuniu apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após manter mistério sobre sua presença no evento, o ex-coach apareceu quase ao final, e se posicionou no meio da multidão à frente de onde estava Bolsonaro e aliados.
Ao chegar ao local, manifestantes o carregaram e houve empurra-empurra em busca de uma fotografia com ele. Ele não conseguiu subir no carro de som. O candidato do PRTB disputa com o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), a preferência do eleitorado bolsonarista na capital paulista. O emedebista participou do ato no alto do carro de som, mas não discursou.
Impeachment de Moraes ganhou fôlego depois de bloqueio do X
As manifestações na Avenida Paulista no 7 de Setembro foram convocadas no mês ado, após a publicação de mensagens de assessores de Moraes que mostraram que o ministro usou aparato do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fora do rito tradicional de pedido de serviços, para embasar decisões contra aliados do ex-presidente.
O protesto ganhou mais força depois da decisão do juiz de suspender a rede social X do bilionário Elon Musk no Brasil. A medida foi tomada após a empresa descumprir uma determinação de Moraes para indicar um representante legal no país, conforme previsto na legislação.