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Eduardo Bolsonaro chama Moraes de 'psicopata' e defende anistia dos presos do 8/1 em ato na Avenida Paulista
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro pedem impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante os protestos
BRASÍLIA - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) iniciou os discursos no ato de 7 de Setembro que reúne aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo. A pauta de reivindicações inclui a anistia aos presos por atos de 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O filho do ex-presidente chamou Moraes de "psicopata" ao mencionar decisões do ministro relacionadas aos presos do 8 de janeiro. "Um psicopata é capaz de colocar velinhas em uma cadeia por anos por capricho pessoal. Um psicopata é capaz de separar uma mãe de seus dois filhos", disse o deputado, acrescentando ainda que Moraes tinha um plano de colocá-lo na cadeia.
Eduardo citou presos do 8 de janeiro, como o empresário baiano Cleriston Pereira da Cunha, que morreu após ar mal na prisão, e Débora Rodrigues dos Santos, denunciada ao STF por ser flagrada escrevendo a frase "Perdeu, mané" na estátua da Justiça, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
“Os parlamentares brasileiros devem se organizar para tomar medidas efetivas contra esses crimes contra a nossa Constituição. O que está em jogo, meus amigos, não é dinheiro, mas sim a essência da liberdade. Cada um de nós aqui, nós temos o mesmo espírito do Elon Musk. O desejo de lutar pela liberdade, mesmo correndo o risco de sofrer injustamente por isso”, disse.
O filho 03 de Bolsonaro ainda endossou o pedido de impeachment contra Moraes cobrando do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a dar andamento ao pedido.
Tarcísio pede a volta de Bolsonaro
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também discursou neste sábado. O ex-ministro de Bolsonaro disse em sua fala sentir saudade do governo do ex-presidente e defendeu anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro.
"Anistia é um remédio político. O Congresso pode nos dar esse remédio político. Nós merecemos isso", disse. O governador paulista, no entanto, não citou o magistrado em seu discurso. Ele falou de forma ampla sobre a importância de preservar “aquilo que é mais caro para nós, a liberdade".
Em seguida, ao finalizar seu discurso, Tarcísio puxou um coro de "volta, Bolsonaro". O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Bolsonaro inelegível até 2030 em duas decisões do ano ado.
Nikolas chama Moraes de ‘tirano’ e 'criminoso'
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se referiu ao ministro Alexandre de Moraes como um “tirano” e “criminoso” durante seu discurso. O mineiro também chamou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de “covarde”, por não pautar o impeachment de Moraes.
“Os homens do ado teriam vergonha de você, Pacheco. Os homens do presente sentem vergonha de você, Pacheco. E nós assegurarmos que os homens do futuro também sintam vergonha de você, Pacheco. Paute o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, seu covarde”.
Em seu discurso, o parlamentar ainda pediu anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. Além disso, afirmou que o apoio da bancada do PL ao candidato que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), escolher como sucessor estará condicionado à inclusão do projeto de Lei da Anistia na pauta do plenário. O partido conta com 92 deputados na Casa.
Atos do 7 de Setembro pedem impeachment de Moraes
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro reúnem-se, neste sábado, na Avenida Paulista, em São Paulo em uma manifestação que tem como alvo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As manifestações foram convocadas no mês ado, após a publicação de mensagens de assessores de Moraes que mostraram que o ministro usou aparato do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fora do rito tradicional de pedido de serviços, para embasar decisões contra aliados do ex-presidente.
O protesto ganhou mais força depois da decisão do juiz de suspender a rede social X do bilionário Elon Musk no Brasil. A medida foi tomada após a empresa descumprir uma determinação de Moraes para indicar um representante legal no país, conforme previsto na legislação.
Pela manhã, o ex-presidente esteve em um hospital na capital paulista após sentir-se mal devido a uma gripe que o deixou sem voz, segundo seus assessores. Ele apresentou sintomas após retornar a São Paulo, depois de cumprir uma série de compromissos em Minas Gerais.
Ainda na sexta-feira (6), ele participou de um comício em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e focou seu discurso em críticas ao Supremo e ao ministro Alexandre de Moraes.
"Iremos lá comemorar a independência porque não existe país independente com seu povo sem liberdade. Vamos desafiar o sistema que comecei a abrir suas vísceras há 6 anos. Nós mostramos para o Brasil o que é o STF. Aquele ministro do STF [Alexandre de Moraes] não dá mais, ele age como um obcecado para perseguir a minha pessoa”, discursou Bolsonaro.