‘Se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir’, diz Eduardo Bolsonaro sobre eleições de 2026

BRASÍLIA - O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que tem interesse em disputar a Presidência da República se essa for "uma missão" dada a ele por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A declaração foi dada durante entrevista à revista Veja. Questionado ainda sobre a possibilidade de outros nomes colocados como possibilidades na disputa, como a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ele destacou que a escolha do candidato dependerá do ex-presidente.

O parlamentar disse que está "feliz" em saber que seu nome tem sido cotado e aparece em pesquisas de intenção de voto, mas reafirmou que a decisão depende da escolha do pai.

"Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir. Inclusive, meu nome já figurou em algumas pesquisas, né? Fiquei feliz. Mas eu acho que, numa democracia normal, quem deveria ser um candidato mesmo deveria ser o Jair Bolsonaro, que inclusive lidera nas pesquisas", avaliou, na entrevista.

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de Michelle concorrer ao Planalto, Eduardo Bolsonaro não descartou a possibilidade ao frisar a aproximação dela com o público feminino e ao segmento evangélico. 

A primeira-dama tem aparecido com mais frequência em propagandas eleitorais do partido, enquanto representante do PL Mulher, e é conhecida por proferir discursos que frisam a fé e a aproximação com a religião.

"A Michelle tem uma rejeição muito baixa, um discurso muito próximo das pessoas evangélicas e da pauta das mulheres. Mas é o Jair Bolsonaro, na verdade, quem vai decidir. Acho que vai ser difícil tirar a possibilidade dele [Bolsonaro] concorrer. Mais uma vez, acredito que há uma chance, que há uma luz no fim do túnel para a gente corrigir a democracia brasileira e conseguir colocá-lo como candidato", respondeu.

Eduardo também comentou sobre o nome de Tarcísio de Freitas, descrito por ele como "um excelente gestor", mas que estaria inclinado à reeleição em São Paulo.

O nome do governador tem sido cotado por parte de seus aliados para o pleito de 2026. Na semana ada, ele participou de evento de filiação de Guilherme Derrite ao PP e adotou um tom de campanha antecipada. A fala dele, inclusive, gerou, incômodo na cúpula do bolsonarismo.

"O Tarcísio é um excelente gestor. Mas ele tem dito que o objetivo dele é a reeleição ao governo de São Paulo. Foi um excelente ministro da Infraestrutura. Mas eu não sou dono da vontade de Jair Bolsonaro. Quem vai dizer o candidato hoje é ele. Eu ainda acho que Jair Bolsonaro poderá se candidatar, até porque ele está inelegível por motivos esdrúxulos", disse.