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Zanin: 'Posições democráticas estão acima de quaisquer interesses'
Indicado a uma vaga no STF, o advogado citou sua relação com o presidente Lula, a quem foi advogado pessoal, e garantiu que será imparcial se tiver o nome aprovado

O advogado Cristiano Zanin afirmou, nesta quarta-feira (21), ter tido "certeza que posições democráticas estão acima de quaisquer outros interesses" ao conversar com senadores de diferentes partidos nos últimos dias. E indicou que a relação que tem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem advogou de forma pessoal nos últimos anos e foi indicado à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), não irá influenciar sua atuação se tiver o nome aprovado.
Zanin falou durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, etapa em que responde a perguntas de senadores sobre diferentes temas antes de ter sua indicação ao STF analisado. Depois da sabatina, ele precisa ar por uma votação no colegiado e, se aprovado, também no plenário do Senado.
"Ao longo dos últimos anos, eu tive oportunidade de conviver com o presidente Lula, de compreender a sua visão sobre os papeis institucionais da República, inclusive a sua visão sobre o papel do magistrado. Eu estabeleci com ele, evidentemente, uma relação e ele pôde ver o meu trabalho jurídico ao longo dos últimos anos. Eu participei intensamente da sua defesa técnica, eu fui até o fim e tive reconhecida a anulação dos seus processos e a absolvição em outros", disse.
"Eu acredito que eu estou aqui hoje, indicado pelo presidente Lula, pelo fato de ele ter conhecido o meu trabalho jurídico, a minha carreira na advocacia, e por ter a certeza de que eu, uma vez nomeado e aprovado por esta casa [Senado], vou me guiar exclusivamente pela Constituição e pelas leis, sem qualquer tipo de subordinação a quem quer que seja. Então na minha visão, eu acredito ser a visão do presidente que me indicou, um ministro do Supremo Tribunal Federal só pode estar subordinado à Constituição da República", acrescentou.
O advogado repetiu que, se for aprovado para compor a Suprema Corte, agirá de forma imparcial - princípio que defendeu como "fundamental e estruturante na Justiça". "Afirmo o meu compromisso em atuar no Poder Judiciário como agente pacificador entre os possíveis conflitos envolvendo os poderes, a fim de garantir a legitima atuação entre os três Poderes da República, sempre desprovido de ativismos ou interferências excessivas e desnecessárias”, expôs ainda.
Zanin também comentou sobre perfis em que é rotulado. "Alguns me rotulam como advogado pessoal porque lutei pelos direitos individuais mesmo contra a maré, sempre respeitando as leis brasileiras e a Constituição", declarou.
Também há quem me classifica como advogado de luxo, porque defendi, estritamente com base nas leis brasileiras, causas empresariais de agentes institucionais importantes para a economia e que empregam milhares de pessoas. E ainda me chamam de advogado de ofício, como se fosse um demérito injustificável. Respondo que sempre procurei desemprenhar minha função com maestria acreditando no que é mais caro ao profissional de Direito: a Justiça", completou.
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