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Lula ignora campanhas municipais e corre para salvar Boulos na reta final
O presidente se concentrou em agendas no exterior e no Palácio do Planalto; candidatos tiveram que recorrer aos ministros e a gravações de rádio e televisão

BRASÍLIA - A ideia inicial no PT era de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tivesse uma participação significativa nas campanhas das capitais no primeiro turno, especialmente onde os candidatos demonstravam chances reais de avançar para o segundo turno, conforme as pesquisas de intenção de votos mais recentes. Entre esses casos estão Porto Alegre (Maria do Rosário), Goiânia (Adriana Accorsi), Fortaleza (Evandro Leitão), Natal (Natália Bonavides) e Teresina (Fábio Novo).
Mas, ao longo da disputa, Lula cancelou a participação em atos e se afastou das eleições municipais de 2024, deixando essa missão para ministros do seu governo que têm relação com o partido. Entre eles estão: Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Secom), Nísia Trindade (Saúde), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Camilo Santana (Educação) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
Durante esse tempo, Lula se concentrou em agendas no exterior e no Palácio do Planalto. Nesse cenário, os candidatos do partido nessas capitais tiveram que recorrer a gravações de rádio e televisão, feitas com o presidente no final de agosto, para reforçar suas campanhas. Ao mesmo tempo, precisaram minimizar diariamente a ausência de Lula nas agendas locais junto aos eleitores, destacando a presença do presidente por meio dessas inserções.
Candidato à Prefeitura de Belo Horizonte pelo PT, o deputado federal Rogério Correia minimizou a ausência de Lula e disse que compromissos internacionais não programados dificultaram a presença do presidente em várias cidades, entre elas a capital mineira.
“Ele agora descartou a ida, não só em Belo Horizonte, mas também nas outras cidades que ele havia também feito um compromisso de ir. Ele teve duas viagens internacionais que não estavam programadas e isso atrapalhou, portanto, a agenda dele”, disse.
“Mas o que é mais importante para a gente é que o Lula está todo dia aqui no meu programa pedindo voto para o Rogério e falando para o povo de Belo Horizonte que a opção é Rogério Correia”, afirmou o petista.
Na capital mineira, havia a perspectiva de que o presidente apoiasse a reeleição de Fuad Noman, considerando que Correia não tem se mostrado competitivo nas pesquisas de intenção de votos. Além disso, o partido do atual prefeito, o PSD, integra a base nacional de apoio a Lula.
Rogério Correia aparece em quinto lugar na última pesquisa DataTempo*, com 4,4% das intenções de voto. A situação ficou ainda mais complicada após o partido optar não se coligar com a candidata do PDT, Duda Salabert, à frente nos levantamentos, com 6,8% das intenções. Com isso, a esquerda corre o risco de não ter representante no segundo turno.
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Assessores também negam que o presidente Lula “abandonou” os candidatos
Na capital paulista, a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (Psol) é considerada prioritária para o governo Lula. Até o momento, o presidente participou de dois atos e na reta final fez uma live ao lado do parlamentar, que matematicamente corre o risco de ficar de fora do segundo turno.
Em São Paulo, havia a expectativa ainda de que o presidente estivesse presente em agendas dos candidatos a prefeito em São Bernardo e Diadema, municípios também considerados importantes para o PT. São Bernardo é o berço político de Lula, onde ele morava até 2021. Já Diadema é a maior cidade istrada pelo PT. José Filippi Júnior é amigo do presidente e tenta a reeleição.
No Rio de Janeiro, o atual prefeito Eduardo Paes, apoiado pelo PT, prefere não ser associado ao presidente da República e, por outro lado, já lidera as pesquisas de intenção de voto com possibilidade de vencer ainda no primeiro turno. Assim como em Goiânia, por exemplo – cidades com maioria de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) –, a presença de Lula pode até atrapalhar.
*A pesquisa DataTempo, contratada pela Sempre Editora, coletou dados de 23 a 27 de setembro de 2024. Foram realizadas 1.200 entrevistas domiciliares. A margem de erro é de 2,83 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. Pesquisa registrada: TRE-MG: 08738/2024.
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