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Ministro defende reeleição de Lula, mas diz que presidente deveria diminuir carga de trabalho
Márcio Macêdo também apontou resistências de movimentos sociais a pontos do pacote fiscal de Haddad, como o BPC
BRASÍLIA - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja candidato à reeleição em 2026, mas acredita que o ideal seria ele reduzir a carga de trabalho.
Em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Macêdo minimizou os recentes problemas de saúde do petista, que teve de fazer dois procedimentos na cabeça e ar uma semana internado em São Paulo.
“Eu tenho plena convicção de que ele vai chegar na hora certa muito forte e com saúde para poder definir o que ele quer para o futuro. Eu defendo que ele seja candidato à reeleição. Ele tem saúde, ele é popular, tem a confiança de um campo político que ele lidera [...]. Agora, se ele vai, a decisão é dele. Ele é que vai ter que tomar na hora certa”, disse.
Por outro lado, o ministro, um dos quatro alocados no Planalto, defendeu que Lula reduza sua carga de trabalho nos próximos anos. “Eu acho que todo ser humano tem que ter um tempinho para descansar, para ficar com a família, para poder viver, e ele trabalha demais. Ele tem muita pressa pra que as coisas aconteçam”.
A previsão da equipe médica é que Lula permaneça em São Paulo pelo menos até a próxima quinta-feira (19), data em que estava prevista uma reunião ministerial de fim de ano, em Brasília. Com a situação de saúde do presidente, ainda não foi definida a nova data do encontro, ou mesmo o local. De acordo com Macêdo, a intenção é que a reunião ainda aconteça.
“O que nós sabemos é que ele quer fazer reunião presidencial e que ele quer voltar na quinta-feira para cá. Agora ele vai ar por uma ressonância na quinta-feira, tem avaliação médica. Eu tenho defendido aqui que ele tem que estar descansado, se recuperar completamente”.
Pacote fiscal
Na última segunda-feira (17), Macêdo recebeu cerca de 300 representantes de movimentos sociais para ouvir a posição deles sobre o pacote fiscal do Ministério da Fazenda, que deve ser votado nesta semana pelo Congresso.
A principal reclamação de setores da base de esquerda do governo é em relação às mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Os movimentos defendem que o BPC não deixe de ser um benefício individual e não mude conceitos como o de “pessoas com deficiência” para fins de cadastro no programa, além de exceções ao cadastramento por biometria para algumas deficiência.
Os pontos foram encaminhados à equipe econômica do governo. Macêdo acredita ser viável alterar pontos do texto a ser analisado pelos deputados federais e senadores.