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Ministério para Gleisi poderia ‘silenciar’ críticas, diz Rui Costa
Ministro da Casa Civil também comentou sobre atos do 8 de janeiro e tentativa de golpe
BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, avaliou que a uma eventual nomeação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), para um ministério poderia “proteger” o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A deputada é cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República.
Em entrevista ao site Metrópoles, Rui Costa deu a entender que o fato de Lula nomear Gleisi como ministra poderia minar as críticas dela ao chefe da Fazenda.
As divergências entre Gleisi e Haddad acontecem principalmente no campo econômico. Ela critica abertamente medidas de corte de gastos propostas pela equipe econômica do governo.
“A tese podia ser a seguinte: Lula está buscando proteger Haddad, ao trazer a Glesi para o governo. Porque uma vez estando no governo, as eventuais opiniões delas, mesmo eventuais críticas, terão que ser feitas internamente. O fato de ela não estar no governo, ser uma deputada e presidente do partido, ela tem total liberdade para emitir publicamente a opinião dela. Quando ela vier a ser ministra, é recomendável que quem é ministro emita as suas opiniões nos ambientes de debates que o presidente, inclusive, faculta”, analisa Rui Costa.
Rui Costa comenta sobre denúncia da PGR contra acusados pelo 8 de janeiro
Na avaliação do chefe da Casa Civil, os atos de 8 de janeiro são um “fato gravíssimo” e não punir esses acusados seria incentivar a impunidade. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e 33 pessoas acusadas de, entre outros crimes, tentativa de golpe de Estado.
Sem criticar as penas consideradas muito severas aos envolvidos, Rui Costa fez questão de ressaltar que existem os que foram usados como “massa de manobra” e as lideranças”,
“O que a investigação revelou é muito grave. Não tem na história do Brasil nada registrado de uma trama envolvendo presidentes da República em exercício, oficiais das Forças Armadas, pessoas que deveriam estar cuidando da segurança pública, agentes de segurança pública, tramando a morte de ministro da Suprema Corte, a morte do presidente da República, do vice-presidente da República, numa arquitetura de organização criminosa”.
“Não tenho competência para fazer [o julgamento]. A lei estipula, segundo regras, a dosagem de penas. Mas eu acho que tiveram pessoas que foram usadas como massa de manobra, isso é fato. Foram induzidas a serem, como se diz, no Nordeste, boi de piranha. Você joga ali para que as piranhas comam aquele boi para você tentar se livrar. Levaram pessoas que, às vezes, foram induzidas dessa forma a cometer crimes. Onde as pessoas não elaboraram, não perceberam o crime. Mas elas participaram e tivemos pessoas nesse perfil que foram induzidas, foram levadas a cometer quebra-quebra, quebrar patrimônio público, a ofender, a caluniar, a ameaçar a democracia”.
“E tem outras pessoas que organizaram, que de forma meticulosa, a investigação mostrou, planejada, consciência com o planejamento, para tentar dar um golpe de estado. E, pior do que dar um golpe, eliminar pessoas que pensavam diferente. Presidente e vice-presidente tinham ganho eleição, e alguém da Suprema Corte”, continuou.