Antes de Lula, Janja embarca para Moscou nesta sexta-feira (2)

BRASÍLIA - A primeira-dama, Janja da Silva, embarca na manhã desta sexta-feira (2) para Moscou, na Rússia, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará uma viagem oficial na semana que vem, nos dias 8, 9 e 10 de maio. Ela vai à capital russa seis dias antes do petista.

Em Moscou, Lula vai participar da cerimônia de 80 anos do “Dia da Vitória”, em 9 de maio, que celebra a vitória das tropas soviéticas sobre o exército da Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial, em 1945. 

A ida antecipada de Janja tem como motivo uma agenda que a primeira-dama terá antes da chegada do petista, segundo assessores. Nas últimas semanas, o Palácio do Planalto ou a divulgar os compromissos de Janja como agenda oficial, fato inédito.

A mudança vem após seguidas cobranças feitas a Janja por maior transparência em seus compromissos públicos e por críticas aos gastos da primeira-dama em suas viagens. Ela chegou a ser alvo de ações movidas pela oposição

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a estrutura do gabinete de Janja já gastou R$ 1,2 milhão em viagens desde o início do governo Lula. Em fevereiro, a primeira-dama esteve em Roma, na Itália. No final de março, foi uma semana antes para o Japão, onde o presidente Lula também cumpriu agenda, e viajou, em seguida, para a França.

Lula e Putin

A ida de Lula à Rússia se dá após um convite feito pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em um telefonema feito ao presidente brasileiro, em janeiro, em que também trataram de assuntos como o encontro do Brics, que ocorrerá no Rio de Janeiro, em julho. Ainda não há previsão de Putin comparecer, visto que teve um mandado de prisão decretado pelo Tribunal Penal Internacional, do qual o Brasil é signatário.

Lula, no entanto, já indicou que o líder russo não seria preso caso pisasse em território brasileiro. “Putin expressou apoio à presidência brasileira do BRICS e indicou disposição de seguir trabalhando no avanço de iniciativas em favor da facilitação do comércio e dos investimentos entre os membros e em outras áreas”, diz o Planalto.

Uma das discussões em voga nos encontros do bloco é uma gradual redução do uso do dólar como principal moeda usada no comércio entre os países.