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Lula viaja à Rússia e China nesta terça em meio à crise política e escândalo de fraudes no INSS
Trocas no primeiro escalão do governo nos últimos dias foram marcadas por escândalos e polêmicas

BRASÍLIA - Em meio a crises políticas provocadas por trocas nos ministérios e pelas denúncias de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nesta terça-feira (6) para uma série de viagens internacionais e só retorna ao país no dia 13 de maio.
Com isso, o avanço de uma reforma ministerial mais ampla fica suspenso até a volta de Lula ao Brasil. As mudanças foram prometidas pelo presidente ainda no fim do ano ado, mas até o momento não saíram do papel.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), por exemplo, sofre há meses um processo de fritura no cargo. Além disso, partidos aliados, como o PSD, aguardam ansiosamente por mais espaço na Esplanada dos Ministérios.
No caso do INSS, bate à porta do Palácio do Planalto uma possível Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) para apurar as denúncias de descontos não autorizados nas aposentadorias do órgão.
Cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), dar andamento ao pedido. O parlamentar, no entanto, também integra a comitiva de Lula nas viagens à Rússia e à China. Nos bastidores ele também se mostrou resistente ao tema.
Na semana ada, Carlos Lupi deixou o comando do Ministério da Previdência Social, e Lula nomeou para o cargo Wolney Queiroz, então número 2 da pasta. O presidente também escolheu o procurador federal Gilberto Waller como o novo presidente do INSS.
Em meio a essas mudanças, o governo discute como será o ressarcimento dos valores descontados ilegalmente dos aposentados e pensionistas. Uma reunião interminesterial, inclusive, está marcada para esta terça-feira (6).
A avaliação no entorno do presidente no Palácio do Planalto, no entanto, é que, mesmo diante das tentativas de solução, essas ações podem não ser suficientes para estancar a crise política da atual gestão e a queda de popularidade do presidente.
Viagem para a Rússia e para a China
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, o primeiro destino de Lula será Moscou, na Rússia. O presidente marcará presença na celebração dos 80 anos do "Dia da Vitória", data em que se comemora a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
Lula deve permanecer no território russo entre os dias 8 e 10 de maio e vai aproveitar a visita para se reunir com o presidente do país, Vladimir Putin. Em seguida, o presidente brasileiro se desloca para Pequim, na China, onde deve ter uma agenda com o presidente Xi Jinping, no dia 11.
Já nos dias 12 e 13 de maio, Lula participa da Cúpula entre China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A visita ocorre em meio ao acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, causada pela imposição de tarifas mútuas.
Na última semana, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também esteve em Pequim para debater projetos de infraestrutura como a atração de novos investimentos na indústria naval e no setor de óleo e gás.