BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pratica “terrorismo” ao se licenciar do mandato e atuar junto a autoridades dos Estados Unidos por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O que é lamentável é um deputado brasileiro, filho de um ex-presidente, convocar os EUA para se meter na política de outro país. Isso é prática terrorista e antipatriótica. Pede licença do mandato para ficar tentando lamber as botas do Trump e para as pessoas do Trump, pedindo intervenção na política brasileira”, disse.
Lula ainda criticou autoridades do governo Donald Trump e pregou “respeito” às decisões de outros países. O petista prometeu “defender” Alexandre de Moraes caso se confirmem as possíveis sanções do governo americano contra o ministro.
“É lamentável que um presidente de qualquer país do mundo dê palpite sobre a decisão de uma Suprema Corte de outro país. [...] Como eu gosto de respeitar, gosto de ser respeitado. O que temos ainda é fala de pessoas, mas o Brasil vai defender não só o seu ministro, como a Suprema Corte”.
Lula ainda pontuou que o governo brasileiro tentará negociar com autoridades americanas sobre as medidas de “tarifaço” de Donald Trump, mas caso não haja acordo vai acionar a Organização Mundial da Saúde (OMS) ou atpe uma decisão de “reciprocidade”.
As declarações foram feitas em uma coletiva de imprensa convocada de última hora nesta terça-feira (3), no Palácio do Planalto.