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Bastidores: Lula marca reunião ministerial para tratar sobre baixa popularidade
O cenário despertou preocupação no Palácio do Planalto, uma vez que esses índices foram registrados em meio a um contexto econômico que apresenta resultados positivo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou, para a próxima segunda-feira (18), reunião com seu corpo ministerial para tratar sobre a recente queda de popularidade dele e do governo federal. O cenário despertou preocupação no Palácio do Planalto, uma vez que esses índices foram registrados por três institutos de pesquisa, em meio a um contexto econômico que apresenta resultados positivos, como a redução do desemprego, a estabilidade da inflação e o desempenho do PIB dentro das expectativas.
Lula quer entender onde estão errando, recalcular a rota e traçar estratégias para dar mais visibilidade à chamada “agenda positiva”. De forma preliminar, auxiliares do governo indicam que o principal gargalo está na comunicação, mais especificamente em relação às falas do presidente. Recentemente, ele preferiu se ater a temas internacionais, como as eleições na Venezuela e o conflito entre Hamas e Israel. Em função do teor das declarações, a agenda do governo ficou “escondida”.
Um ministro contou à reportagem que essas falas polêmicas, por exemplo, até hoje continuam “tomando tempo” da equipe do governo, enquanto ações importantes da União que teriam impacto na ponta da população ficam em segundo plano. A avaliação é de que além da repercussão na mídia e com líderes internacionais, a oposição “surfa na onda”. “Não é que o presidente não tenha que falar desses assuntos, mas é ter estratégia para que isso não seja mais importante do que as ações, projetos do governo”, contou.
Para dar ainda mais visibilidade às ações do governo, Lula irá reforçar aos ministros a necessidade de viajar mais aos Estados, encontrar com políticos regionais e dar entrevistas para veículos locais apresentando balanços. Outro ponto a ser falado pelo petista aos chefes das pastas, conforme interlocutores, é para que eles evitem discursos de polarização, mesmo que a cidade e o Estado visitado seja de um opositor. Com eleições municipais neste ano, a ordem é evitar radicalismo para não alimentar o bolsonarismo.
O próprio presidente já tem colocado isso em prática. Nesta semana, por exemplo, ele esteve em Serra do Salitre, na região do Alto Paranaíba de Minas Gerais, para inauguração de uma fábrica. No discurso, centrou-se em ações do governo e programas sociais, sem polêmicas. Além disso, fez afagos ao governador Romeu Zema (Novo), que é seu opositor. Antes disso, já havia chamado o chefe do governo estadual para reunião no Palácio do Planalto, e não foi feita nenhuma “pegadinha”.
Outro ponto a ser abordado por Lula deve ser sobre indicativos a grupos econômicos, como do agronegócio. Dessa forma, deve-se evitar ataques relacionados a essa área. O presidente quer diminuir o preço de itens da cesta básica e, para isso, precisa de ajuda desse setor. O petista também vai reforçar a importância de uma interlocução séria e sem revanchismo com o Congresso Nacional, além de evitar interferir em brigas entre o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo.