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Ministro Macêdo minimiza crise entre Venezuela e Guiana: 'Nível de diálogo'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou para esta quarta-feira (6) uma reunião de emergência com o chanceler Mauro Vieira e o embaixador Celso Amorim

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, disse ao O TEMPO Brasília que o governo se posiciona a favor da "paz" e contra "conflitos" no continente sul-americano. A fala ocorre em meio a tensões entre a Venezuela e a Guiana. Segundo ele, não há receio da parte do governo de que tropas estrangeiras avancem para terrtório nacional, embora o Ministério da Defesa tenha anunciado reforço de militares em Roraima, na fronteira com Guiana e Venezuela.
"Eu acho que não está nesse nível de invasão de país nenhum, nem da Venezuela invadir a Guiana. Está num nível de tensão, de querer rediscutir, de diálogo, então o Brasil, pela condição continental dele, pela importância geopolítica, econômica, tem preservado sempre o caminho da paz", disse ele.
A fala de Macêdo ocorre após o presidente Lula participar nesta quarta-feira (6) de uma reunião de emergência com o chanceler Mauro Vieira e o embaixador Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais. Na pauta do encontro, marcado para às 18h30 no Rio de Janeiro, estava a decisão de Nicolás Maduro em anexar parte da Guiana. Não houve pronunciamento de nenhuma autoridade presente após o encontro. O governo deve adotar postura de distanciamento e observação quanto à crise. E, somente intermediará o conflito se chamado pelos dois países.
O conflito
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na terça-feira (5) uma lei para Assembleia Nacional criar o Estado de Guiana Essequiba. A província surgiria da anexação do território de Essequibo, que é rico em petróleo e corresponde a 70% da Guiana. Sob denúncias de fraudes e com baixa adesão, o referendo realizado pelo regime chavista no domingo (3) aprovou medidas para tomada da região, que fica na fronteira com o Brasil.
E antes mesmo que parlamentares venezuelanos colocassem em votação sua lei, Maduro criou, também na terça-feira, a Zona de Defesa Integral da Guiana Essequiba, nomeou um general como “única autoridade” da área e e ordenou que a petrolífera estatal PDVSA conceda licenças para a “extração imediata” de recursos naturais na região. Para tal, criou a PDVSA-Essequibo.
Além de mexer com a Guiana, a cruzada de Maduro por Essequibo ameaça o equilíbrio político e econômico de todo continente, além de respingar nos Estados Unidos e na França. Apesar de pouco provável, nem um conflito armado é descartado. Maduro já mobilizou tropas. Mas, para entrar em Essequibo por terra, os militares venezuelanos têm que atravessar território brasileiro. Por isso, o Brasil decidiu mandar mais homens e até blindados para Roraima, o estado que faz divisa com Guiana e Venezuela.
Governo Lula pode mudar postura em relação a Maduro
Maduro ignora até os apelos de velhos aliados, como do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, em entrevista coletiva no fim de semana, durante a COP-28, em Dubai, pediu “bom senso” e deixou claro que a disputa não poderia ocorrer da maneira que está sendo colocada. Ele disse que vai visitar a Guiana em 2024.
(*) Enviada Especial ao Rio de Janeiro