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Pimenta faz reunião com secretários-executivos para alinhar comunicação
O ministro da Secom, Paulo Pimenta, tem reado as cobranças do presidente Lula e traçado estratégias de comunicação governamental

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, realiza na tarde desta terça-feira (2) mais uma rodada de reuniões com os secretários-executivos de ministérios para alinhamento da comunicação governamental. Essa série de encontros ocorre após a reunião ministerial do dia 19 de março, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez diversas cobranças aos 38 ministros.
Entre elas estavam: melhorar a comunicação sobre programas e políticas públicas; facilitar a conversa entre os chefes dos ministérios; fazer mais viagens e atividades juntos entre os ministros; e pedir para que cada ministro fale sobre o que o governo está fazendo, não apenas sobre o que sua pasta está realizando.
Na semana ada, Paulo Pimenta recebeu no Palácio do Planalto os secretários-executivos dos seguintes ministérios: Casa Civil, Cidades, Desenvolvimento Social, Educação, Relações Institucionais, Saúde e Transportes. Os coordenadores de comunicação das pastas também estão sendo convidados para participar dessas reuniões.
Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, a ideia de chamar os secretários-executivo se deve em função do cargo. Na prática, o “número dois” de cada ministério é responsável pelo trabalho de "mão na massa” com os demais subordinados na estrutura organizacional das pastas.
Embora a Secom trate a agenda como reunião “de rotina” e “normal”, os ministros e o próprio presidente Lula já reconheceram que a comunicação governamental precisa melhorar. Pimenta, inclusive, foi alvo de fogo-amigo de colegas da Esplanada dos Ministérios. O alerta amarelo sobre esta questão acendeu após quatro pesquisas de opinião pública mostrarem queda de popularidade da atual gestão e do próprio presidente da República.
A percepção geral do alto escalão é que as pessoas não estão bem informadas ou sentindo no dia a dia alguns feitos de programas do governo federal, mesmo com várias entregas e retomadas de políticas públicas na área de saúde, educação, economia, entre outros. O governo Lula tem alta rejeição ainda entre os evangélicos e de setores do agronegócio.
Uma pessoa que participou de uma dessas reuniões com Paulo Pimenta contou, de forma reservada, que o ministro, mesmo sob pressão, adotou um tom tranquilo, profissional e didático. Nos encontros, ele tem apresentado levantamentos de como determinados segmentos da sociedade percebem determinadas políticas públicas e programas.
Assim como Lula fez uma cobrança direta aos ministros, nessas agendas de Pimenta com os secretários-executivos, ele também transmitiu uma ordem do petista, que é para todos falarem sobre as ações dos governos em discursos, agendas públicas e redes sociais. Uma forma de alinhar os discursos do alto escalão, têm ado pelo filtro da Secom.
Dessa forma, os ministérios encaminham dados e balanços das entregas, enquanto a pasta comandada por Paulo Pimenta compila essas informações para produção de boletins, informes e peças para subsidiar ministros, secretários e a comunicação da Esplanada dos Ministérios.