Após as duas fortes explosões registradas na praça dos Três Poderes, próximo à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, e com alguns ministros do tribunal, como Alexandre de Moraes, no Palácio da Alvorada - residência oficial da Presidência da República.
As explosões ocorreram na noite desta quarta-feira (13) nas proximidades da praça dos Três Poderes, onde estão localizados o STF, Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal confirmaram um óbito e a Esplanada dos Ministérios foi parcialmente fechada.
No momento das explosões, Lula não estava presente no Palácio do Planalto, sede do governo federal. Agora, ele se reúne com a equipe ministerial para atualizar sobre o ocorrido. Após as explosões, inclusive, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) reforçou a segurança nos Palácios da Alvorada e do Planalto.
Por meio de nota à imprensa, a PF confirmou que irá instaurar um inquérito para investigar as explosões. "Foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas da instituição, que estão conduzindo as ações iniciais de segurança e análise do local", informou.
No momento das explosões, os ministros do STF foram retirados em segurança do prédio, que foi evacuado. Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança.
"Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, informou a assessoria de imprensa da Corte.
O Palácio do Planalto, sede do governo federal, reforçou a segurança após as explosões - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estava no local no momento. Após cerca de uma hora dos estrondos, a sessão da Câmara dos Deputados foi interrompida. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu manter a sessão na noite de quarta.
A prestadora de serviços do Tribunal de Contas da União (TCU), Layana Costa, disse ter visto o momento das explosões. O homem que carregava as bombas ou pelas pessoas que aguardavam ônibus em uma parada em frente ao palácio do STF. Ele chegou à praça dos Três Poderes e arremessou a primeira bomba na Estátua da Justiça; a segunda explodiu com ele.
"Ele simplesmente ou, deu um 'ha', não prestei atenção. Ele andou mais ou menos uns 30 ou 40 segundos, e a gente ouviu o primeiro barulho. A gente virou, e simplesmente eles [seguranças] vieram. Ele jogou na estátua, estava em pé, e na segunda bomba ele caiu. Foi ele que explodiu", disse.