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PGR só deve decidir se denuncia Bolsonaro em 2025, diz Gonet
Procurador-geral da República afirmou ser ‘improvável’ que o caso tenha um avanço significativo até o fim deste ano
BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Paulo Gonet, indicou que a PGR deve decidir só no ano que vem se apresenta uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e os outros 36 indiciados no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Em entrevista à CNN Brasil durante um fórum em Lisboa, Portugal, ele disse ser “improvável uma posição em duas semanas” do Ministério Público Federal sobre o caso e, assim, é “bem possível que fique para o ano que vem”. O relatório da Polícia Federal chegou à PGR na última quarta-feira (27)
“Este é um caso de enorme complexidade, inclusive pelo número de pessoas envolvidas. Qualquer que seja a próxima manifestação, ela tem que ser muito responsável e feita de forma ponderada, segura e justa. [...] Não pode haver nenhum açodamento nesse processo”, disse.
Paulo Gonet ainda pontuou que uma força-tarefa da PGR deve fazer um “estudo aprofundado” para definir “qualquer que seja a providência: denúncia, arquivamento, ou pedido de maiores investigações”.
O relatório do ‘inquérito do golpe’
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da investigação que mira uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e enviou o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar se oferece denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 indiciados pela Polícia Federal.
De acordo com o relatório da PF, há oito elementos de provas de que Bolsonaro planejou, atuou e teve domínio de forma direta na execução de um plano criminoso que buscava impedir a posse de Lula.
Um dos documentos encontrados é um manuscrito chamado “Operação 142”, de autoria do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice em 2022. O plano incluiria ações como “interrupção do processo de transição”, “mobilização de juristas e formadores de opinião” e “enquadramento jurídico do decreto 142 da Constituição”.
Nesta quinta-feira (28), Jair Bolsonaro fez um apelo ao STF por “anistia” e não descartou buscar exílio em alguma embaixada estrangeira do país.