BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) pediu ao aplicativo Bluesky a remoção de perfis falsos com o nome da Corte. A plataforma tem sido usada como alternativa por usuários do X [antigo Twitter] após a suspensão do site no Brasil.
O STF fez o pedido por canal istrativo do Bluesky, na sexta-feira (30), mesmo dia em que Alexandre de Moraes mandou bloquear o X no país. A Primeira Turma do Supremo decide nesta segunda-feira (2) se mantém ou não o ato do ministro.
O Supremo informou, em nota, que a solicitação foi feita para não confundir os usuários da rede social. A Corte já tem um perfil oficial na plataforma.
Em uma das postagens dessas contas fakes que se propagaram na Bluesky e circularam em grupos de WhatsApp, o perfil “STF oficial” informava falsamente que o PT foi incluído pelo ministro Alexandre de Moraes na lista de investigados por uso de VPN após o bloqueio do X.
A informação falsa fazia referência a um trecho da decisão de Moraes que bloqueou o X, após descumprimento do prazo de 24 horas para a empresa do multibilionário Elon Musk indicar um representante legal da plataforma no país.
Moraes ameaçou com uma multa diária de R$ 50 mil os internautas que usarem “subterfúgios tecnológicos”, como o VPN, para ar X. O perfil fake do STF na Bluesky diz que o PT ou a ser investigado após indícios de que membros do partido “teriam utilizado VPNs para ar a rede social”, o que não é verdade.
Bluesky ganhou mais de 1 milhão de usuários após bloqueio do X 166bl
A Bluesky atingiu, no sábado (31), a marca de 1 milhão de novos usuários, em três dias, após a suspensão do X no Brasil. O perfil oficial da rede social comemorou o resultado na própria plataforma e escreveu que, com a chegada dos usuários brasileiros: “Agora este é um aplicativo brasileiro.”
Em outras publicações, o perfil ou a escrever em português, incluindo um tutorial de funcionamento da rede social, com dicas de uso, esclarecimentos sobre a forma como os conteúdos são moderados no aplicativo e como denunciar publicações irregulares.
A Bluesky foi fundada em 2019 por Jack Dorsey, cofundador do Twitter, que foi vendido para Elon Musk em 2022 por US$ 44 bilhões. A Bluesky é parecido com o antigo Twitter, tendo o mesmo layout, mas em uma versão mais minimalista.
As funções são praticamente as mesmas: é possível fazer publicações em texto, com no máximo 300 caracteres, e em imagens, assim como excluir seus posts e curtir, comentar e repostar as publicações de outros usuários. Mas, diferente do Twitter, no Bluesky ainda não é possível publicar vídeos e nem áudios.