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Zanin marca julgamento de denúncia do núcleo militar sobre tentativa de golpe para 8 e 9 de abril
Militares e agentes de segurança foram denunciados pela PGR por tramar um plano que envolvia assassinato de Lula, Alckmin e Moraes
BRASÍLIA - O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para os dias 8 e 9 de abril o julgamento a denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra militares acusados de participar de suposto plano de golpe de Estado que envolveria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.
Zanin é presidente da Primeira Turma do STF, responsável pela análise das denúncias que envolvem a tentativa de golpe. Também integram o colegiado os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux. Se a maioria dos cinco entender que a denúncia da PGR tem indícios de crimes, será aberta uma ação penal e os acusados vão virar réus.
Ao todo, a PGR acusa 34 pessoas pelos seguintes crimes:
- organização criminosa armada;
- golpe de Estado;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima;
- deterioração de patrimônio tombado.
Os acusados foram divididos em cinco núcleos, conforme seu envolvimento na suposta trama golpista.
Nessa fase, serão julgados os acusados no denominado Núcleo 3. Segundo a Polícia Federal, esse grupo era responsável por “ações coercitivas” e foi formado por agentes e policiais que se alinharam à suposta trama golpista, que envolveria monitoramento, sequestro e até assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dos seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes. De acordo com a investigação, faziam parte desse grupo:
- Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
- Estevam Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
- Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército, era adido em Israel;
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
- Marcio Nunes Resende Júnior
- Nilson Diniz Rodriguez, general do Exército;
- Rafael Martins de Oliveira, major, integrante dos 'kids pretos', grupo das Forças Especiais do Exército;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo,
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior, oficial do Exército;
- Sérgio Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel;
- Wladimir Matos Soares.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou a denúncia ao STF após os advogados apresentarem suas defesas. A maioria pediu arquivamento da ação por falta de provas. Também houve alegação de cerceamento de defesa e de falta de competência do STF para analisar o caso.
Mas o procurador-geral da República respondeu que a “denúncia descreve de forma pormenorizada os fatos delituosos e as suas circunstâncias, explanando de forma compreensível e individualizada a conduta criminosa em tese adotada por cada um dos denunciados”.
O STF já marcou para 25 e 26 de março a análise da primeira denúncia apresentada pela PGR contra acusados de tentativa de golpe de Estado. Ela diz respeito ao chamado “núcleo 1”, que inclui Bolsonaro e mais sete acusados. Esse grupo seria formado pelos líderes da trama, segundo a PF.