JULGAMENTO

STF nega pedido de comandante da Marinha para não depor sobre tentativa de golpe de Estado 204o

Marcos Sampaio Olsen vai depor como testemunha no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 531m3i

Por Renato Alves
Atualizado em 23 de maio de 2025 | 08:37
 
 
O comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, vai depor como testemunha de defesa do almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da força Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, nesta quinta-feira (22), pedido do comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, para não depor como testemunha de defesa do almirante Almir Garnier Santos nesta sexta-feira (23). 

Olsen deverá comparecer à audiência marcada para começar às 14h. Garnier é um dos réus na ação penal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e integrantes de seu governo são réus.

Olsen alegou desconhecer os fatos investigados e afirmou que não teria informações relevantes para contribuir com o processo. No entanto, para a defesa de Garnier, seu depoimento é essencial para esclarecer pontos relevantes, especialmente o contexto de uma nota à imprensa divulgada pela Marinha em novembro de 2024.

A defesa do ex-comandante da força também alegou que Olsen, na época dos acontecimentos, ocupava o cargo de comandante de Operações Navais e poderia esclarecer se houve alguma movimentação ou preparação de tropas. 

Garnier é suspeito de ter apoiado Bolsonaro no suposto golpe para impedir a posse de Lula. Ao lado de Bolsonaro e outros seis réus, ele também faz parte do chamado “núcleo principal” da trama golpista.

Em depoimento, Carlos de Almeida Baptista Júnior, que chefiava a Aeronáutica no governo ado, confirmou a acusação contra Garnier. Segundo ele, o almirante não demonstrou reação contrária e que, além dele, a única oposição foi a do então comandante do Exército, general Freire Gomes.